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Capital

Alvo de atiradores era um, mas outros dois morreram para dificultar investigação

Delegacia do Bairro Piratininga investiga execução de três homens ocorrida na madrugada de sábado

Marta Ferreira e Clayton Neves | 02/11/2020 18:10
Vidro estilhaçado sobre o banco do veículo onde vítima de chacina estava. (Foto: Kísie Ainoã)
Vidro estilhaçado sobre o banco do veículo onde vítima de chacina estava. (Foto: Kísie Ainoã)

Está com a 5ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Piratininga, a investigação sobre a chacina ocorrida no sábado (31) em Campo Grande no Jardim Sumatra,  saída para São Paulo. Por enquanto, uma das indicações claras é de que o alvo era apenas um dos três homens executados , o pedreiro Marco Antônio Cavalcanti Américo, de 36 anos, Os outros homens, de 24 e 20 anos, foram mortos para dificultar o reconhecimento dos atiradores, segundo mostram as circunstâncias.

Titular da 5ª Delegacia, o delegado Gustavo Bueno informou que as apurações estão em curso. Por enquanto, afirmou, não é possível fazer qualquer afirmação sobre a motivação do crime, além desse fato de “aparentemente” o objetivo dos executores ser apenas um dos homens.

No sábado de manhã, uma das testemunhas disse que ouviu um dos bandidos dizer "vamos embora, já pegamos o cara".

A unidade assumiu o caso ainda no fim de semana, embora o registro tenha sido feito durante o plantão na Depac Cepol, localizada no Bairro Tiradentes. O Goi (Grupo de Operações Especiais) também está no caso, na tentativa de localizar os assassinos.

Ninguém foi achado até agora, das quatro pessoas que foram vistas no lugar do ataque, três homens e uma mulher. Também não foi encontrado o automóvel usado, parecido com um Renault Sandero, como afirmaram as testemunhas.

No lugar, a Rua Augusta Rossini Guidi, o clima é de silêncio e medo.

Não vimos nada, não sabemos de nada e não entendemos o porque tudo isso aconteceu. A gente ainda está em luto”, resumiu moradora da vizinhança nesta segunda-feira (2).

Marco Antônio recebeu ordens para deixar carro onde estava e como nãoa catou, foi alvejado dentro do veículo. (Foto: Reprodução do Facebook)
Marco Antônio recebeu ordens para deixar carro onde estava e como nãoa catou, foi alvejado dentro do veículo. (Foto: Reprodução do Facebook)

As mortes – Os três homens foram executados na madrugada de sábado, com disparos .40 e de calibre 12. Além de Marco Antônio, foram mortos Alex Vilhagra Ifran, 24 anos, e Weslley da Silva Rodrigues Alves, 20 anos.

Conforme boletim de ocorrência, o grupo chegou ao local fortemente armado, em um carro parecido com Renault Sandero. Marco Antônio foi o primeiro a ser atingido por disparos de arma de calibre 12. Ele foi morto próximo de um veículo Ford Escort (placa de Cuiabá MT).

Segundo as testemunhas, os atiradores gritaram para que Marco Antônio saísse do carro, mas como não foram atendidos, abriram fogo e executaram a vítima com vários disparos na cabeça. Weslley da Silva também foi assassinado com tiros de pistola .40 e calibre 12 na cabeça, numa das pernas e quadril.

A esposa de Alex, de 22 anos, sobreviveu ao ataque. Os dois haviam acabado de chegar à casa de Weslley quando foram surpreendidos pelos atiradores.

Ela disse à polícia que só não foi morta porque a arma de um dos atiradores falhou. Após o crime, os criminosos fugiram e ainda não foram identificados.

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