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Capital

Ambulantes aproveitam protesto para ganhar dinheiro e aumentar renda

Flávia Lima, Leonardo Rocha e Michel Faustino | 12/04/2015 16:32
A veterinária Bruna Bastos e seu tio aproveitaram movimento para vender água. (Foto:Fernando Antunes)
A veterinária Bruna Bastos e seu tio aproveitaram movimento para vender água. (Foto:Fernando Antunes)
Além de bebidas, espetinho também é opção de venda para ambulantes. (Foto: Marcelo Calazans)
Além de bebidas, espetinho também é opção de venda para ambulantes. (Foto: Marcelo Calazans)

A falta de pontos de venda de água durante o protesto do dia 15 de março levou duas pessoas da mesma família a investirem na venda do produto na passeata desde domingo (12), em Campo Grande. A ideia da veterinária Bruna Bastos, 28 e do tio dela, Miguel Bastos, 57 deu certo e os dois já começaram a faturar mesmo antes do início do protesto.

A dupla comprou 20 fardos com 12 garrafas de 300 ml de água e colocou na carroceria de uma caminhonete, estacionada entre as ruas Paraíba e Espírito Santo. Cada garrafinha está sendo comercializada a R$ 3 cada e a expectativa é vender toda a mercadoria antes do término da passeata.

Fora as vendas, tio e sobrinha defendem a legitimidade do protesto, mas não defendem a intervenção militar. “Acho um exagero”, enfatizou Miguel. Ele lembra da rigidez do governo durante a Ditadura e reconhece “avanços”, durante o regime democrático.

Já Calisto Barroso decidiu complementar a renda no protesto vendendo bandeiras do Brasil e apitos durante a passeata. Os produtos custam R$ 5 e R$ 10 . Ele conta que na manifestação de março ficou em casa, mas ao constatar o grande fluxo de pessoas decidiu sair de casa e lucrar com os artigos.

Quem também apostou no protesto para lucrar foi Mara Leite, que decidiu vender pipoca e churros neste domingo. No protesto de março ela chegou no final e afirma ter "vendido bem". Hoje, mudou a estratégia e chegou na praça do Rádio Clube antes da manifestação começar.

Segurança - Conforme havia divulgado, a Polícia Miliar reforçou a segurança em toda região central, com dois policiais em cada esquina, até o trecho final do protesto, no Parque dos Poderes. A Guarda Municipal também colocou mais homens na rua e um reforço especial em frente a prefeitura da Capital, com cerca de 15 guardas, além de 20 homens no ponto de ônibus do shopping Campo Grande.

O protesto ainda não teve início, já que a organização decidiu esperar a chegada de integrantes de moto clubes e pessoas que decidiram ir a pé até a praça do Rádio Clube.

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