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Capital

Antes de ir à polícia, própria família cavou fossa onde estava mecânico

Viviane Oliveira e Marcus Moura | 08/02/2017 10:48
Casal suspeito de ter matado, ateado fogo e jogado corpo de mecânico em fossa foram apresentados nesta manhã (Foto: André Bittar)
Casal suspeito de ter matado, ateado fogo e jogado corpo de mecânico em fossa foram apresentados nesta manhã (Foto: André Bittar)

Foi a família do mecânico Edson Martins da Rosa, 53 anos, encontrado morto em uma fossa, que começou escavação a procura da vítima desaparecida há 6 meses. Os restos mortais do homem foi achado na casa onde morava, na sexta-feira (3), na Rua Astúrio Luiz Braga, no Portal Caiobá II, em Campo Grande.

Os suspeitos de terem cometido o crime, Elisandro Aparecido Fonseca, 34 anos, conhecido como Belico, e a mulher dele, Ana Flávia Ferreira Bruno, 24 anos, foram presos três dias depois, no mesmo bairro. Eles foram apresentados em coletiva de imprensa nesta manhã, no Cepol (Centro Especializado de Polícias). O homem confessou o crime. Já a mulher diz que não teve participação.

Segundo os delegados Valmir Moura Fé e Márcio Shiro Obara, a vítima sumiu em agosto do ano passado. Na semana passada, a filha do homem foi informada por uma pessoa, ainda não identificada, de que o corpo do pai dela estava enterrado em uma fossa desativada no fundo da residência, onde morava sozinho.

A família, então, começou a escavação manualmente e conseguiu encontrar roupas do mecânico enterradas. Só depois de encontrar parte das vestes, foi que os parentes acionaram a polícia para dar continuidades aos trabalhos. Os restos mortais foram localizados após cinco horas de buscas. “O local onde foi enterrado o homem tem uma mina d'água, o que propiciou a decomposição acelerada do corpo”, afirmam os delegados.

Local onde corpo foi encontrado, na semana passada (Foto: Marcos Ermínio)
Local onde corpo foi encontrado, na semana passada (Foto: Marcos Ermínio)
Agentes funerários recolhem restos mortais de vítima (Foto: Adriano Fernandes)
Agentes funerários recolhem restos mortais de vítima (Foto: Adriano Fernandes)

Homicídio - Elisandro e a mulher moravam junto com Edson e no dia do crime os três consumiam bebida alcoólica na casa da vítima, quando houve um desentendimento. Com uma marreta em mãos, o suspeito deu um golpe na cabeça de Elisando, que desmaiou. Após o crime, o casal saiu e continuou bebendo, quando voltou a vítima já estava morta.

Os dois, então, enrolaram Edson em um colchão, atearam fogo e em seguida jogaram na fossa. Para disfarçar e não levantar suspeita, os dois criminosos ainda continuaram morando, por pelo menos dois meses, na residência.

Segundo a polícia, o crime foi premeditado. Os dois vão responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e ocultação de cadáver. A mulher nega o crime e diz que quando o marido começou a discutir com a vítima, saiu e foi para a casa da mãe. Versão contestada pela polícia. 

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