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Capital

Antes do latrocínio de empresário, desacerto salvou outra vítima de grupo

Graziela Rezende | 08/04/2014 12:10
Veículo da vítima que foi pintado de branco. Foto: Cleber Gellio
Veículo da vítima que foi pintado de branco. Foto: Cleber Gellio

No mesmo local e horário, porém um dia antes, os bandidos que mataram Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, já haviam marcado encontro com outro proprietário de veículo Golf. A vítima, da mesma maneira, foi levada para a casa na Vila São Jorge da Lagoa. No entanto, por conta da demora de outros integrantes da quadrilha, o dono do carro decidiu ir embora e “escapou” de ser morto.

“Essa vítima foi abordada na segunda-feira, 31 de março. Da mesma maneira, o bandido que posteriormente matou Erlon convenceu esta vítima a ir até a casa. Chegando lá, verificamos que houve um “desacerto de horário” entre os envolvidos e somente por isso ele não foi morto”, afirma a delegada Maria de Lourdes Cano, responsável pelas investigações.

Além dessa vítima, a delegada diz que a Polícia constatou que os autores atuam em um ramo diferenciado, principalmente pela opção por veículos Golf. “Quem está encomendando este tipo de carro para a quadrilha sabe que, durante uma fuga, este carro é o número um em velocidade. Não em estradas vicinais, mas em rodovias, por exemplo”, comenta ao Campo Grande News a delegada.

Outra parte da investigação se refere a um crime ocorrido em fevereiro deste ano, no qual o dono de um título de capitalização, no valor de R$ 11 mil, foi morto por bandidos segundo a delegada.

“Nós começamos a fazer uma busca por desaparecidos e uma das ocorrências tinha a abordagem semelhante a que foi feita com o Erlon. E uma testemunha deste crime foi acionada e apontou o mesmo autor deste crime. Ele age de maneira muito fria, sempre executando as suas vítimas”, finaliza a delegada.

Crime – Erlon saiu de casa às 14h da terça-feira (1°) para mostrar o carro a um suposto cliente, na avenida Interlagos, em frente a rotatória da Coca-cola. O bandido se mostrou interessado, porém comentou que precisava mostrar para uma tia, em uma residência, para “fechar o negócio”.

Na casa, no Bairro São Jorge da Lagoa, ele foi morto no quintal com um tiro na nuca e enterrado em um fossa séptica.

Com o veículo, a Polícia acredita que o grupo praticaria novos assaltos na Capital ou trocaria por droga na fronteira. Eles já estão com a prisão preventiva decretada.

A delegada tem 10 dias, a contar de sábado (5), para finalizar o inquérito.

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