Ao colocar tornozeleira, jovem que atropelou e matou namorada prefere silêncio
Rafael de Souza Carrelo, de 19 anos, tem de ficar no apartamento onde mora até segunda ordem
Rafael de Souza Carrelo, de 19 anos, jovem apontado como responsável pela morte da namorada durante “brincadeira” no trânsito, chegou e saiu da Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual, em silêncio. Acompanhado do advogado Marlon Ricardo Lima Chaves, o rapaz passou cerca de 40 minutos no prédio da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) para a instalação de tornozeleira eletrônica. Deixou a unidade sem falar com a reportagem.
Rafael estava escoltado por equipe da Polícia Civil que fazia o transporte de mais três presos. Já na chegada, o advogado adiantou que o cliente não daria entrevista. “Ele está muito abalado, vai precisar de um tratamento psicológico muito longo”, disse Marlon Ricardo.
Da unidade, no Bairro Amambaí, Rafael segue para apartamento onde mora com a família, na Avenida Nelly Martins (Via Parque), de onde não pode sair até segunda ordem. Nesta manhã, em audiência de custódia, a juíza Eucélia Moreira Cassal acatou argumentos da defesa e substituiu a prisão em flagrante por domiciliar.
O rapaz estava preso desde a manhã de sábado, dia 15, depois que atropelou e matou Mariana Vitória Vieira Lima, de 19 anos. Ele contou em depoimento que os dois faziam “uma brincadeira” quando tudo aconteceu.
Primeiro, ele se pendurou no capô do Toyota Etios, que pertencia à vítima, e ela dirigiu. Depois, foi a vez dela se agarrar ao veículo pela parte externa e ele conduzir. Os dois percorreram a Avenida Afonso Pena, mas em curva na Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em frente ao Shopping Campo Grande, ele perdeu o controle da direção, bateu em meio-fio e passou com o carro por cima da jovem.
Imagens a que a Polícia Civil teve acesso, no começo da tarde desta segunda-feira (17), confirmam versão apresentada por Rafael. No vídeo, gravado momentos antes de a garota ser atropelada, ele aparece em cima do automóvel enquanto a vítima conduzia o veículo, dando peso ao depoimento em que o rapaz.