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Capital

Ao depor, agente penitenciário diz que matou em show em legítima defesa

Caso aconteceu no dia 24 de setembro do ano passado, durante show sertanejo no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês

Viviane Oliveira | 25/09/2018 06:55
Joseilton de Souza chegando ao Fórum para acompanhar a 3ª audiência (Foto: arquivo / Campo Grande News)
Joseilton de Souza chegando ao Fórum para acompanhar a 3ª audiência (Foto: arquivo / Campo Grande News)

O agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso foi ouvido nesta segunda-feira (24) na 3ª audiência sobre a morte do pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos, e afirmou, mais uma vez, que atirou por legítima defesa. O caso aconteceu no dia 24 de setembro do ano passado, durante show sertanejo no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande.

Em depoimento, o réu rebateu a acusação de homicídio doloso, sustentando que o disparo aconteceu por legítima defesa. Frisou também que a única agressão sofrida pela vítima foi o disparo, ou seja, não houve briga entre os dois. Ele afirma que a vítima foi quem o agrediu até o momento em que houve o tiro.

O agente penitenciário relatou que houve uma confusão na fila do banheiro, mas nada que pudesse imaginar uma possível agressão. Contou que, ao retornar ao camarote, foi agredido por Adílson e outras pessoas. Sustentou que apanhou muito ao longo de um minuto e em determinado momento recebeu um chute que ergueu sua camisa e expôs a arma funcional. Foi quando ele sacou a arma.

Joseilton afirma que em todo o momento manteve o cano da pistola ponto 40 apontado para o chão e que o disparo aconteceu num momento de “susto”, quando abaixou a cabeça para sacar sua funcional, pois havia se identificado como agente penitenciário e a vítima avançou em sua direção. Ao longo do interrogatório, o réu respondeu diversas perguntas do juiz, do Ministério Público e também dos assistentes de acusação, sempre afirmando que não tinha intenção de atirar.

Essa foi a última audiência do caso. O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida solicitou a produção pelos peritos policiais de uma projeção em 3D do momento do disparo, com relação à trajetória percorrida pelo projétil. Findada esta fase, o processo deve ser encaminhado para as alegações finais das partes.

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