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Capital

Apesar de veto da PF e CPI, Justiça autoriza viagem de Siufi aos EUA

Aline dos Santos | 19/07/2013 08:37
Siufi chegou a ser preso por porte de arma, mas pagou fiança. (Foto: Cleber Gellio)
Siufi chegou a ser preso por porte de arma, mas pagou fiança. (Foto: Cleber Gellio)

A Justiça estadual liberou a viagem do médico Adalberto Abrão Siufi aos Estados Unidos, apesar do veto da Polícia Federal e da CPI da Saúde da Câmara Municipal. De acordo com a liminar concedida pela juíza substituta Kelly Gaspar Duarte Neves, a autorização para deixar o país, entre os dias 30 de julho e 13 de agosto, foi dada na ação penal que tramita na 4ª Vara Criminal de Campo Grande por crimes do sistema nacional de armas.

Em março, durante ações da operação Sangue Frio, a PF (Polícia Federal) aprendeu armas na residência do médico. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 30 mil.

De acordo com Renê Siufi, advogado de Adalberto, esta é a única ação judicial contra o médico. Ele é investigado em inquérito da Polícia Federal, no entanto, segundo o advogado, não foi formalizada nenhuma denúncia à Justiça Federal. Portanto, a exigência de autorização para deixar a comarca de Campo Grande deveria ser solicitada somente à Justiça estadual.

“Ele vai voltar. Não vai fugir não. Para entrar nos Estados Unidos tem que ter a passagem de volta”, afirma Renê Siufi. O médico vai visitar o filho, a nora e o neto.

Na decisão, a magistrada relata que o MPE (Ministério Público Estadual) requereu informações à 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande e ao delegado Marcos André Araújo Damatto, da Polícia Federal. O objetivo era saber se havia restrições quanto à viagem internacional ou decretação de medida cautelar que impedisse o médico de se ausentar do Brasil.

O delegado pediu que fosse decretada a proibição de Adalberto Siufi sair do País, no entanto, até às 17h44 de ontem não tinha decisão da Justiça Federal. Vereadores da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde também pediram que a Justiça vetasse a viagem. Eles alegam que a comissão pode requisitar novo depoimento do médico.

Adalberto Siufi deixou o comando do Hospital do Câncer Alfredo Abrão, na Capital, após denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) e a operação que investiga a Máfia do Câncer, grupo que teria desmontado o atendimento em oncologia na rede pública para monopólio do setor privado.

O médico foi acusado de contratar a própria empresa, a NeoRad, quando era diretor do hospital. Segundo a denúncia, o contrato era o valor da tabela SUS (Sistema Único de Saúde) mais 70%. O MPE ainda apontou ainda a contratação de parentes do médico por valores acima do praticado no mercado.

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