Após caos na emergência, Sesau cria equipe para gerir falta de leitos
Com déficit de 932 leitos em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) decidiu criar uma equipe especializada para otimizar a regulação de casos de psiquiatria, neurologia e cardiologia para leitos de retaguarda em hospitais da Capital. Resolução sobre o tema foi publicada, nesta quinta-feira (6), no Diário Oficial do município.
De acordo com o texto, as equipes médicas irão atuar nos CRS’s (Centros Regionais de Saúde) e UPA’s (Unidades de Prontoatendimento) onde haja leitos de observação. O objetivo consiste em aprimorar o diagnóstico nas unidades antes da transferência do paciente para um hospital.
A resolução, assinada pelo secretário Ivandro Corrêa, também esclarece que a equipe “não irá substituir o atendimento do médico plantonista atuante na unidade solicitante”.
No caso de transferências, as vagas serão reguladas pela Central de Leitos Municipal e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
A falta de leitos é alvo de investigação do MPE (Minitério Público Estadual) e também do Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) que avaliam como “crônica” a situação na Capital.
Balanço – Em prestação de contas na Câmara Municipal, em 25 de fevereiro, o secretário de saúde apresentou balanço do número de leitos disponíveis em Campo Grande.
Ao todo são 494 leitos cirúrgicos, 284 clínicos, 197 saúde complementar, 68 crônicos, 187 obstétricos, 224 psiquiátricos, 9 leitos de pneumonologia sanitária, 123 leitos pediátricos, além de 23 leitos dia/cirúrgico e 12 leitos dia/AIDS.
Esses estão distribuídos no Hospital Universitário, Santa Casa, Hospital Regional, São Julião, Nosso Lar, Hospital do Câncer e Maternidade Cândido Mariano.