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Capital

Após manifestação, prefeito recebe professores para negociar salários

Natalia Yahn e Antonio Marques | 15/03/2016 10:20
Paulo Pedra fala com o presidente da ACP, Lucílio Nobre. Em seguida prefeito Alcides Bernal recebeu manifestantes. (Foto: Marcos Ermínio)
Paulo Pedra fala com o presidente da ACP, Lucílio Nobre. Em seguida prefeito Alcides Bernal recebeu manifestantes. (Foto: Marcos Ermínio)

Representantes da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) foram recebidos pelo prefeito Alcides Bernal (PP), após aproximadamente uma hora de manifestações em frente a Prefeitura Municipal. A reunião não tem previsão de término.

Também participam da negociação a secretária Municipal de Educação, Leila Machado e o secretário Municipal de Governo, Paulo Pedra, além dos vereadores Luiza Riberto (PPS) e Eduardo Romero (Rede).

Enquanto pedia paciência aos professores, Pedra lembrou que a Prefeitura estava sem recursos financeiros quando Bernal voltou ao cargo, em agosto do ano passado. Sem alívio, os manifestantes lembraram que o próprio secretário – quando ocupava o cargo de vereador durante a administração de Gilmar Olarte (PP) – criticava o não cumprimento da lei n° 4.511/2014 e dizia que a Prefeitura tinha verba suficiente para pagar os professores.

A categoria também mostrou vídeos para que a ele se lembrasse da época – menos de um ano atrás – quando fazia duras críticas por conta da lei, ainda não cumprida. Os manifestantes também gritam palavras de ordem e perguntam para o secretário “onde está o dinheiro” - que ele próprio dizia estar disponível na época da administração de Olarte.

“Nossa equipe econômica esta estudando o que é proposto. O desejo do prefeito é dar reajuste e reposição para os 22 mil servidores. E hoje (15) a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) reconheceu o equivoco dela, que Campo Grande paga o maior salário do Brasil, e isso é fato”, defendeu Pedra.

Enquanto os representantes da ACP são recebidos pelo prefeito, professores que aguardam no Paço Municipal confirmam as ameaças feitas pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) e pela própria secretária da pasta, Leila Machado. Uma professora, que pediu para não ser identificada na reportagem, afirmou que foi a única do Ceinf (Centro de Educação Infantil) onde trabalha que participou da manifestação. “Já soube que a Semed pediu uma lista dos que estão no movimento. Tem coação sim”.

A principal reivindicação da ACP é o pagamento do piso nacional que hoje é de R$ 1.697,37 para 20 horas semanais de trabalho – atualmente o valor é pago para 40 horas semanais. Os professores da Reme pedem 11,36% de reajuste relativo sobre os rendimentos mensais desse ano, além de 13,01% referente ao ano de 2015, quando o reajuste não foi oferecido para os professores, desrespeitando, segundo eles, o piso salarial da categoria estabelecido em lei municipal.

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