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Capital

Após pânico diante de "arma" dentro de escola, moradores cobram mais segurança

Aluno, de 15 anos, ameaçou diretor com arma de brinquedo

Izabela Cavalcanti e Mariely Barros | 24/03/2023 12:10
Escola Estadual Teotônio Vilela do lado esquerdo, com uma viatura de ronda escolar na entrada e uma viatura da Guarda Civil Metropolitana do outro lado da rua (Foto: Henrique Kawaminami)
Escola Estadual Teotônio Vilela do lado esquerdo, com uma viatura de ronda escolar na entrada e uma viatura da Guarda Civil Metropolitana do outro lado da rua (Foto: Henrique Kawaminami)

Diante do pânico provocado por um aluno com arma de brinquedo, na quinta-feira (23), na Escola Estadual Teotônio Vilela, no Bairro Universitário, moradores reconhecem falta de segurança na região.

No momento em que a equipe chegou na instituição de ensino, uma viatura de ronda escolar estava na porta da secretaria da escola, e uma viatura da Guarda Civil Metropolitana estava do outro lado da rua. No entanto, os vizinhos comentam que não é algo frequente.

A mãe de um aluno, do 1° ano do Ensino Médio, diz que a instituição é boa no quesito educação, mas “peca” na falta de segurança.

“Não que nas outras escolas não aconteça, mas aqui é pior, não tem segurança. Para mim, é tudo resultado da falta de segurança e de serem rígidos neste sentido. Por que ao invés de proibirem calça com rasgo, não proíbem os meninos de entrarem com estilete para a sala de aula, eles falam que é para apontar lápis, mas para isso existe apontador”, opina.

Já conforme o relato de outro morador próximo, de 52 anos, que preferiu não se identificar, ele vê a polícia passando em frente à unidade, mas acredita ser necessário atenção maior para o período da noite.

Comerciante e morador próximo da escola, Levi Pereira (Foto: Henrique Kawaminami)
Comerciante e morador próximo da escola, Levi Pereira (Foto: Henrique Kawaminami)


Ele mora na região há 6 meses e lembra que na semana em que se mudou, assaltaram e assassinaram um aluno na esquina da escola.

O comerciante Levi Pereira, de 69 anos, mora há 40 anos no bairro. De acordo com ele, o colégio já foi mais perigoso, mas conta que, pelo menos uma vez no mês, tem briga no local. Levi diz também que alunos de outras escolas vão até a Teotônio Vilela para brigar e caçar confusão.

"Se tivesse mais policiamento com certeza iria ajudar na segurança", enfatiza.


O caso – Na manhã desta sexta-feira (24), diretor da escola interferiu em briga de estudantes no intervalo e acabou ameaçado de morte por um aluno de 15 anos, que portava uma arma de brinquedo. Eles precisaram ser separados e levados para a coordenação.

O adolescente saiu correndo para um dos corredores, onde o diretor foi em busca do aluno, pedindo para que fosse à diretoria, momento em que o menor sacou a arma da cintura e fez ameaças de morte.

O diretor conseguiu tirar a arma do adolescente, o pegou pelos braços e levou até a sala da direção.

Conforme consta no boletim de ocorrência, o menor continuou com xingamentos e ameaças, dizendo que iria "furar de bala", era do PCC (Primeiro Comando da Capital) e que o diretor amanheceria morto.

A ocorrência foi registrada em ata na escola e na delegacia. Todos os envolvidos foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

Segundo a SED (Secretaria de Estado de Educação), a arma foi retida pela direção e o caso levado à polícia. "Quanto ao estudante envolvido, será aplicado o Regimento Escolar, que prevê desde suspensão até a transferência da unidade escolar", diz a nota enviada.

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