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Capital

Após prazo de 5 anos, CCR só duplicou 18,7% do previsto na BR-163

Contrato previa a duplicação de 798 km da rodovia entre 2014 e 2019, mas ação foi ajuizada pela concessionária que quer reequilibrio contratual.

Mirian Machado | 07/01/2019 14:06
Obras de duplicação foram paralisadas, mas cobrança do pedágio continua (Foto: Henrique Kawaminami)
Obras de duplicação foram paralisadas, mas cobrança do pedágio continua (Foto: Henrique Kawaminami)

Dos 845 quilômetros de via entre Mundo Novo e Sonora, o contrato do governo federal firmando com a CCR MSVia prevê a duplicação de 798 km, mas em cinco anos –prazo inicial- o serviço foi concluído em apenas 150 km da BR-163 em Mato Grosso do Sul.

A CCR assumiu a concessão em 2014 e, no ano seguinte, após duplicar 90 quilômetros da rodovia, iniciou a cobrança do pedágio que continua sendo cobrado mesmo após a paralisação das obras. Atualmente, apenas os serviços de manutenção da pavimentação estão sendo feitos.

A empresa ajuizou a ação, após tentar, sem sucesso, rever o contrato de concessão junto a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e agora quer que haja uma readequação do cronograma de investimentos previstos nas cláusulas originais.

Ainda faltam 648 km a serem duplicados da BR-163 em Mato Grosso do Sul (Foto: Henrique Kawaminami)
Ainda faltam 648 km a serem duplicados da BR-163 em Mato Grosso do Sul (Foto: Henrique Kawaminami)

Conforme a concessionária, o grupo quer encontrar uma solução junto com a União para continuar os investimentos no Estado.

Ainda segundo dados da CCR, desde 2014, quando conquistou a concessão, foram injetados na rodovia mais de R$ 1,9 bilhão os quais foram investidos em 150 quilômetros de duplicação, estes entregues até junho de 2018, além de mais de 520 quilômetros de obras de melhorias em pavimentação. A empresa ainda calculou uma redução de 78,5% no número de acidentes fatais nesse tempo.

São 80 viaturas atuando em 17 bases operacionais através do SAU (Sistema de Atendimento ao Usuário) e cerca de 500 trabalhadores.

Enquanto não há um retorno do governo federal, as obras continuam paralisadas, mas os serviços de manutenção continuam todos os dias.

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