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Capital

Assistência acolheu 11, mas 6 recusaram abrigo oferecido pela Prefeitura

Servidores da secretaria de Assistência Social abordaram moradores de rua ao longo da quinta-feira (20)

Izabela Sanchez | 21/08/2020 09:57
Morador de rua dormindo no início da manhã desta sexta-feira (21) na região central de Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)
Morador de rua dormindo no início da manhã desta sexta-feira (21) na região central de Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)

Na quinta-feira (20) chuvosa de frente fria chegando a Campo Grande, a SAS (Secretaria de Assistência Social) acolheu 9 pessoas que estavam em situação de rua ao longo do dia e, também, durante a noite. Ainda assim, entre as pessoas abordadas, 6 recusaram serem encaminhados aos abrigos oferecidos pela Prefeitura.

Segundo comunicou a secretaria por meio da assessoria de imprensa, os servidores abordaram 7 pessoas durante a tarde e 2 recusaram ajuda. Além de 5 pessoas encaminhadas para locais como o Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante) e escolas à tarde, as equipes distribuíram 7 cobertores.

Durante a noite, quando o frio se intensificou e os termômetros marcaram 9 graus, 10 pessoas foram abordadas e entre elas, 4 não quiserem auxílio. As equipes entregaram 9 cobertores e 6 pessoas foram para os abrigos públicos.

Ação – As abordagens foram intensificadas na região central, que costuma concentrar moradores de rua e dependentes químicos. Além disso, os deslocamentos ocorreram para lugares informados por denúncia via telefone para a SAS.

Ainda que o serviço seja uma ponte entre a solidariedade e o auxílio público, a secretaria informou ter recebido “várias ligações que não eram verídicas” e pede que “a população não acione a equipe sem necessidade”.

Como ajudar – Quem atende esse tipo de auxílio é o SEAS (Serviço Especializado em Abordagem Social). “É a estratégia que a Secretaria de Assistência Social tem para pessoas em situação de rua, ofertando os serviços de casa de acolhimento, onde é oferecida alimentação, higiene pessoal e pernoite”, diz enviada à reportagem.

Apesar disso, a SAS adota política pública “contra a esmola”. A secretaria destaca que oferecer dinheiro, comida ou cobertas “não ajuda quem está na rua”.

“A esmola, mesmo sem esta intenção, acaba contribuindo para mantê-las nas ruas, expostas a todos os tipos de violência e até à dependência química. Na realidade essas pessoas precisam reconstruir o seu projeto de vida”, diz a SAS.

A secretaria defende que a ajuda deve ser via SEAS e para isso alega que é preciso acionar o serviço e pedir que equipes façam o acolhimento. Segundo a secretaria de assistência social, é possível ligar durante 24h.  Os números são (67) 98404-7529 ou (67) 98471-8149.

“Os serviços ofertados pela Secretaria de Assistência Social permite que o indivíduo e/ou a família em situação de rua tenha acesso a acolhida, alimentação, higienização, orientações e  encaminhamentos para  serviços da rede de atendimento e demais políticas públicas, assim como encaminhamento para tratamentos diversos como comunidades terapêuticas, para os que desejam”, diz a nota enviada ao Campo Grande News.

Segundo a SAS, há 18 idosos acolhidos no Centro Dia e 35 pessoas foram levadas à Escola   Padre Thomaz Ghirardelli. Já no Cetremi, atualmente, há 46 pessoas no Cetremi e 49 na Escola Doutor Plínio Barbosa Martins.

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