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Capital

Atendimentos não serão afetados pela greve, garante Hospital Universitário

Motivo da greve é pela falta de reajuste salarial nos últimos 4 anos e para não reduzir a insalubridade

Izabela Cavalcanti e Ana Beatriz Rodrigues | 26/09/2022 09:24
Profissionais da saúde montam tenda em frente ao Hospital Universitário. (Foto: Marcos Maluf)
Profissionais da saúde montam tenda em frente ao Hospital Universitário. (Foto: Marcos Maluf)

Os atendimentos de pacientes no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian em Campo Grande, não serão suspensos pela greve, segundo informou a assessoria do hospital.

Na manhã desta segunda-feira (16), profissionais da saúde do local deram início a greve, pela falta de reajuste salarial nos últimos 4 anos, além de ser contra a diminuição da insalubridade.

Os pacientes que chegam ao hospital, tem oferecido apoio à ação. É o caso da dona de casa, Neila Lopes da Silva, de 57 anos.

"Sou paciente de fisioterapia aqui faz 3 meses. Fiquei internada e recebi um cuidado que garanto que não receberia em um hospital particular. Os médicos, as enfermeiras sempre sorrindo, eles merecem e devem receber mais e sem sombra de dúvidas essa é uma das categorias que deveriam ser bem paga, mas infelizmente não acontece. Se eu aguentasse, ficaria ali com eles pra dar volume”, comenta.

O aposentado Raimundo Ferreira Andrade, de 78 anos, é acompanhante do filho. “Meu filho está internado aqui a um bocado de tempo. Sempre foi bem atendido, todos os funcionários sempre bem educados e atenciosos, acho justo eles pedirem para ganhar mais pelo tanto que trabalham", destaca.

O aposentado Raimundo Ferreira, de 78 anos, é acompanhante do filho, no hospita. (Foto: Marcos Maluf)
O aposentado Raimundo Ferreira, de 78 anos, é acompanhante do filho, no hospita. (Foto: Marcos Maluf)

O motorista Jorge da Silva, de 54 anos, também disse que apoia o movimento. "Faço tratamento dermatológico aqui. Se estão fazendo greve, é por algum motivo justo, então eu apoio eles", apoia.

Entenda – Cerca de 20 profissionais deram início a greve, hoje, pela manhã. A programação é de que a paralisação dure até o fim da noite, por tempo indeterminado. Serão três equipes em cada turno; depois vão para a casa e retornam no outro dia.

De acordo com o secretário-geral do Sintsep (Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Mato Grosso do Sul), Wesley Cássio Goully, o pedido é de aumento de 24%, o acumulado dos últimos anos.

A enfermeira Amanda Fogaça, de 35 anos, participa da greve. “Estou há 14 anos nesta profissão e faz um tempo que estou almejando a valorização e o respeito pela categoria, tanto pela área da Enfermagem quanto pelos servidores do Hospital Universitário”, lamenta.

Além de “brigar” pela valorização e pela não redução da insalubridade. Segundo o secretário-geral do sindicato, eles recebem 27% sobre o salário-base de cada categoria, e o Governo Federal quer reduzir pra 20% sobre o salário mínimo.

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