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Capital

Bancários analisam oferta de reajuste de 10%, mas ainda pleiteiam benefícios

Flávia Lima | 23/10/2015 14:02
Comerciantes se preocupam com prolongamento de greve bancária, que tem contribuído com lojas vazias. (Foto:Marcos Ermínio)
Comerciantes se preocupam com prolongamento de greve bancária, que tem contribuído com lojas vazias. (Foto:Marcos Ermínio)

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu nova contraproposta na manhã desta sexta-feira (23) ao comando geral de greve dos bancários. Dessa vez, o índice apresentado é de um reajuste de 10%, porém, as demais reivindicações, como fim do cumprimento de metas individuais e assédio moral, ainda não foram discutidas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Edivaldo Barros, as negociações prosseguem durante a tarde. "Esse índice repõe apenas as perdas inflacionárias, não dá ganho real, mas terá que passar por uma avaliação da categoria", diz.

Os bancários, que completam hoje 18 dias em greve, reivindicam aumento de 16% (aumento real de 5,6%), piso salarial R$ 3.299,66 e participação em lucro e resultados de três salários-base, mais parcela adicional fixa de R$ 7.246,82. A categoria também pede vale-refeição e vale-alimentação no valor de R$ 788 e melhores condições de trabalho.

Em Campo Grande e na base que compõe a região, segundo Edivaldo Barros, 100% das 170 unidades estão fechadas. No entanto, a equipe do Campo Grande News constatou a presença de alguns funcionários realizando trabalho interno em algumas agências, ao longo da semana.

Em algumas agências do Banco do Brasil, como nas Moreninhas, na Avenida Coronel Antonino e na Rua 13 de Maio, funcionários terceirizados orientavam o público e reabasteciam os caixas eletrônicos. Na quarta-feira (21), uma funcionária da Caixa Econômica Federal, também na 13 de Maio, atendeu ao telefone, mas não disse se estava realizando algum serviço interno na agência.

Nesta sexta-feira, o Campo Grande News conversou com uma funcionária do Bradesco, localizado na Rua Cândido Mariano, que, sem se identificar, revelou que até a semana havia unidades com alguns funcionários e até gerente, que chegaram a realizar operações específicas, como personalização de limite, para alguns clientes.

Porém, ela disse que essa semana já não há mais qualquer tipo de atendimento. O presidente do Sindicato dos Bancários foi enfático em afirmar que a entidade não controla o trabalho realizado dentro das agências, tanto que não há informação sobre funcionários que estariam furando a greve.

"Algumas unidades podem ter algum gerente geral para passar informações ao banco sobre o movimento ou até mesmo pessoal responsável pelo processamento de envelope, mas não podemos detalhar que tipo de serviço está sendo feito", enfatiza Barros.

Enquanto o impasse permanece, os caixas eletrônicos continuam sendo a principal opção para os clientes, especialmente os comerciantes, que necessitam realizar depósitos e pagar contas diariamente. Dono de uma loja de artigos infantis no Centro de Campo Grande, Armando Ali diz que a maior parte dos pagamentos está realizando via on line, mas como tinha alguns envelopes de depósito guardados, também vem conseguindo utilizar os terminais sem problemas.

Mesmo com a reclamação de que algumas máquinas não estão efetuando depósitos, a comerciante Nanci Franzini também prefere utilizar os terminais eletrônicos para as transações bancárias. "Com o Natal chegando, me preocupo mesmo é com a queda nas vendas porque a população está com dificuldade de sacar dinheiro e realizar algumas movimentações financeiras", diz.

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