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Capital

Bandidos torturaram universitários antes de matá-los, diz delegada

Mariana Lopes e Viviane Oliveira | 01/09/2012 13:04
Corpos são retirados do local onde foram encontrados, entre as saídas de Aquidauana e Rochedo. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Corpos são retirados do local onde foram encontrados, entre as saídas de Aquidauana e Rochedo. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Antes de disparar os tiros na cabeça dos universitários Breno Luigi Silvestrini de Araújo, 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, 19 anos, na noite de quinta-feira (30), os bandidos torturaram os jovens com chutes, segundo a delegada que cuida do caso, Maria de Loudes Cano, titular da Defurv (Delegacia Espcializada de Furtos e Roubos de Veículos).

Após os exames do IML (Instituto Médico e Odontológico Legal), foi comprovado que os jovens levaram vários chutes nas partes íntimas, região mais atingida, de acordo com a delegada.

Leonardo e Rafael foram abordados pelos bandidos quando saiam do Bar 21, na quinta-feira, por volta das 20h40. Os corpos dos jovens foram encontrados 18 horas depois, na região do Indrubrasil. A Pajero na qual os universitários estavam foi encontrada no início da madrugada de sexta-feira, em Corumbá.

Cinco pessoas foram presas acusadas pelo latrocínio. Ontem de manhã, a polícia pegou Dayane Aguirre Clarindo, 24 anos, no posto da PRF de Miranda. Ela levou os policiais do DOF até o local onde os jovens foram assassinados e entregou o resto dos envolvidos.

Na noite de ontem, foram presos Weverson Gonçalves Feitosa e Rafael da Costa Silva, ambos de 22 anos, o primeiro em Aquidauana e o segundo em Corumbá. Durante a madrugada, também foram capturados, em Campo Grande, um adolescente de 17 anos, irmão de Rafael, e uma quinta pessoa, Rafael de Andrade Pinho, de 18 anos.

Os acusados confessaram o crime e disseram que mataram os jovens porque eles viram os rostos dos bandidos. Segundo a delegada Maria de Lourdes, os envolvidos disseram que escolheram as vítimas aleatoriamente e que levariam o veículo para a Bolívia para pagar uma dívida com traficante. Porém, delegada acredita que a intenção do grupo era de vender o veículo e dividir o dinheiro entre eles.

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