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Capital

Bolsonaro cita Campo Grande ao defender uso da cloroquina contra covid-19

Capital receberá cerca de 10 mil comprimidos do medicamento; hidroxicloroquina será usada em coquetel para tratamento da doença

Liniker Ribeiro e Marta Ferreira | 07/07/2020 13:40
Jair Bolsonaro, Presidente da República, durante entrevista à imprensa, na manhã desta terça-feira, após testar positivio para o novo coronavírus (Foto: Reprodução/Internet)
Jair Bolsonaro, Presidente da República, durante entrevista à imprensa, na manhã desta terça-feira, após testar positivio para o novo coronavírus (Foto: Reprodução/Internet)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que Campo Grande receberá doses do medicamento hidroxicloroquina, alvo de discussões e estudos que avaliam seu uso no tratamento ao novo coronavírus, ainda nesta terça-feira (7). Em entrevista à imprensa, no fim da manhã, o chefe do Executivo federal explicou que o enviou de lotes do medicamento é resultado de um pedido do prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD).

“O prefeito Trad, junto com um deputado estadual, fez um apelo pela hidroxicloroquina, que não tinha lá. Levamos ao conhecimento da Saúde e hoje chega um carregamento para atender a população”, afirmou o presidente.

Bolsonaro não detalhou a quantidade de medicamento enviado a Capital, mas segundo apurado pela reportagem, 10 mil comprimidos devem chegar à cidade.

Ao Campo Grande News, o prefeito Marquinhos Trad confirmou a solicitação do medicamento ao governo federal. “Fomos procurados por um grupo de médicos da cidade, para que utilizemos na rede uma forma de profilaxia, um kit prevenção, contendo hidroxicloroquina, zinco, ivermectina, vitamina D e azitromicina. Segundo esse grupo, tomando esses medicamentos, você não contrairia, ou evitaria algumas fases da covid-19, o que ajudaria muito no não colapso dos leitos da UTI”, explicou.

Trad ressaltou ainda, que a solicitação foi enviada por meio de vídeo a Bolsonaro. “Fomos tentar evitar a burocracia da compra desses medicamentos, o que poderia demorar algumas semanas ou meses. Achei por bem, juntamente com um desses profissionais, gravar um vídeo e enviar ao presidente, para ver se ele poderia enviar esses medicamentos para nossa cidade”, destaca.

Conforme Marquinhos, a resposta do gabinete presidencial descartou a possibilidade do enviou de todos os medicamentos solicitados. “Recebemos resposta oficial da União, do gabinete do presidente, dizendo 'não temos zinco, ivermectina, vitamina D e azitromicina, mas temos hidroxicloroquina e podemos mandar para a capital apenas 10 mil comprimidos. Evidentemente aceitei de pronto”, afirma.

Apesar do envio do medicamento, que deve chegar entre hoje e amanhã, Trad garante que o comprimido não será usado separadamente. “Ela sozinha [a hidroxicloroquina], segundo os médicos que vieram aqui, não serviria para tratamento, tem que se tomar o coquetel completo. Por isso, a gente começa a ter um desses componentes, ainda faltam os outros, que não foram fornecidos pelo governo federal”.

Tratamento – Após resultado positivo para o novo coronavírus, o presidente afirmou estar em tratamento e que, inclusive, já começou a fazer uso da hidroxicloroquina. "Tomei duas doses, a última às 5h da amanhã e posso dizer que estou muito bem", garantiu.

Bolsonaro teve os primeiros sintomas no domingo (5), com fadiga intensa. Na segunda, a febre chegou aos 38 graus, por isso procurou hospital e fez novo teste. Hoje, no fim da manhã, anunciou que o resultado foi positivo.



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