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Capital

Cabo da PM é condenado pela segunda vez em operação contra cigarreiros

Aparecido Cristiano Fialho já havia sido condenado na semana passada a 15 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado

Kerolyn Araújo | 17/12/2018 18:08
Operação deflagrada pelo Gaeco visava militares envolvidos em esquema de contrabando de cigarros. (Foto: Fernando Antunes)
Operação deflagrada pelo Gaeco visava militares envolvidos em esquema de contrabando de cigarros. (Foto: Fernando Antunes)

O cabo da Polícia Militar Aparecido Cristiano Fialho foi condenado nesta segunda-feira (17), a 3 anos e 6 meses de prisão em regime fechado por obstrução de Justiça. Na semana passada, o militar já havia sido condenado a 15 anos e 4 meses de reclusão por organização criminosa e lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.

Aparecido foi preso durante a Operação Oiketicus, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em maio deste ano, que mirava militares envolvidos em um esquema de contrabando de cigarros. A investigação apontou que o cabo possuía um patrimônio de R$ 7 milhões. No mês de abril, o militar teve uma remuneração de R$ 5.104.

Além das duas condenações, o militar também foi excluído da corporação da Polícia Militar.

Outras condenações - O sargento da PM Ricardo Campos Figueiredo também foi julgado nesta segunda-feira e condenado a uma pena de 18 anos, 10 meses e 11 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele também foi excluído da corporação.

Durante o julgamento, os promotores do MPE/MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) Cristiane Mourão e Gerson Araújo, apresentaram provas que incriminam o sargento. Entre elas, altas movimentações bancárias sem comprovações entre o filho de Ricardo e pessoas envolvidas na máfia. Em quatro meses, o valor das transações ultrapassou a quantia de R$ 1 milhão.

Em julgamento realizado no dia 6 de dezembro outros sete militares foram julgados. No dia 10, o tenente-coronel Admilson Cristaldo, o tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva e o major Oscar Leite Ribeiro, que segundo o Gaeco eram os líderes do esquema de corrupção da Máfia do Cigarro também foram condenados.

Operação - A Oiketicus –nome científico do bicho-cigarreiro– foi deflagrada para apurar a atuação de policiais militares, incluindo oficiais, visando a favorecer contrabandistas ao longo da fronteira com o Paraguai.

Segundo as apurações, policiais de patentes mais altas ou de posição de destaque no esquema usavam de influência para abrir caminho para os contrabandistas. Em troca, recebiam propinas que variavam de R$ 500 a R$ 600 semanais a R$ 100 mil mensais – caso dos “cabeças”.

 

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