Campo-grandense espera, mas alarme chega 50 minutos depois
Equipes agora apuram o que causou a demora no disparo da notificação no Centro-Oeste
Teve início neste sábado (27), exatamente às 14h50 no horário sul-mato-grossense, o teste do sistema "Defesa Civil Alerta", que notifica usuários dos sistemas Android e iOS sobre riscos de desastres naturais e outras ações que resultem em grande perigo. Além da Capital, Corumbá, Dourados, Três Lagoas e outras 11 cidades do Centro-Oeste tiveram os equipamentos testados de forma gradativa para a emissão de alertas severos.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O sistema "Defesa Civil Alerta" foi testado neste sábado em Mato Grosso do Sul, com 50 minutos de atraso em relação ao horário previsto. O serviço, que notifica usuários sobre riscos de desastres naturais, foi implementado em Campo Grande, Corumbá, Dourados, Três Lagoas e outras cidades do Centro-Oeste. O sistema utiliza tecnologia "cell broadcast" para enviar alertas gratuitos a dispositivos móveis conectados às redes 4G ou 5G, mesmo em modo silencioso. A ferramenta, que entrará em operação oficial em 1º de outubro, já é utilizada em outros estados brasileiros e diversos países para avisos sobre emergências como terremotos e tsunamis.
Moradores de Campo Grande relataram que o alerta foi rápido, discreto e considerado sem impacto significativo. Em outras palavras: "flopou" pelo atraso. O alerta, previsto para as 14h, demorou 50 minutos e 3 segundos até ser acionado. Em alguns aparelhos, a mensagem surgiu sem som, apenas com a opção de ativar ou não os próximos avisos. Em outros casos, o aviso não chegou, o que chamou a atenção pela diferença no funcionamento entre celulares. Felizmente, tudo não passou de um teste.
- Leia Também
- Falha de teste em Goiás atrasa aviso de alerta nos celulares de MS
- Hoje às 14h: celulares vão disparar alarme em teste de sistema de alertas
Aparelhos desligados ou sem sinal de rede móvel foram os únicos poupados dos três segundos sonoros. A reportagem acompanhou, de diversos pontos, como foi a reação dos campo-grandenses. Em um supermercado atacadista situado na região central, consumidores receberam a sinalização e seguiram a vida sem nenhum alarde.
Já entre outro grupo de colegas que acompanhava o teste remotamente, houve quem dissesse que o sinal interrompeu séries e que “ninguém se assustou” com a sirene curta. Houve comentários em tom de brincadeira sobre a falta de intensidade do aviso e até sobre “a paz do prédio” após o disparo. Em Dourados, moradores confirmaram que o toque também foi ouvido, mas foi igualmente breve.
Com a confirmação das operações, o sistema já passa a valer a partir de 1º de outubro, sem custo ao consumidor. Ou seja, aparelhos móveis conectados a sinais 4G ou 5G receberão um aviso considerado "intruso" que se sobrepõe à tela do dispositivo para alertar o usuário situado em locais com risco de alagamentos, enxurradas, deslizamentos de terra, vendavais e até chuvas de granizo.
O aviso foi amplamente divulgado para ser ativado às 14h, mas atrasou devido a uma falha ocorrida em Goiás. O teste contava com uma ordem de disparos pelos estados do Centro-Oeste. Equipes de Brasília, da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e também da Defesa Civil agora investigam o que motivou o atraso.
Como funciona - O sistema "cell broadcast", difusão celular na tradução literal, permite o envio gratuito de mensagens para vários usuários de telefones móveis em uma área definida ao mesmo tempo.
As notificações de emergência são entregues mesmo que o celular esteja no modo silencioso ou com outros aplicativos em uso. E cada recado só é interrompido quando o usuário responder ao sistema.
A ferramenta já é utilizada em outros países em casos de terremotos, tsunamis e até conflitos. No âmbito nacional, já funciona em regiões do Rio Grande do Sul e em áreas litorâneas sujeitas a deslizamentos.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.