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Lado Rural

Crédito para investir no campo sobe 26% em MS enquanto custo recua 18%

Dados de novembro mostram avanço fora do Plano Safra e retração no financiamento da produção

Por Gustavo Bonotto | 19/12/2025 23:53
Crédito para investir no campo sobe 26% em MS enquanto custo recua 18%
Soja plantada ao lado da BR-163, no município de Dourados; clima favorece desenvolvimento da planta. (Foto: Helio de Freitas)

O crédito rural destinado a investimentos em Mato Grosso do Sul cresceu 26% em novembro de 2025, mesmo com queda acentuada nas operações de custeio. O volume aplicado em investimentos somou R$ 234,5 milhões no mês, enquanto o custeio total recuou 18% no comparativo anual.

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O crédito rural para investimentos em Mato Grosso do Sul registrou crescimento de 26% em novembro de 2025, alcançando R$ 234,5 milhões. O aumento foi impulsionado pelos setores agrícola e pecuário, que apresentaram altas de 26% e 27%, respectivamente.Em contrapartida, as operações de custeio tiveram queda de 18%, com o custeio agrícola recuando 29%. A maior parte dos recursos para investimento foi contratada fora dos programas oficiais de crédito rural, refletindo a limitação do Plano Safra e dificuldades de acesso às linhas subsidiadas.

Os dados constam no Boletim Econômico de Crédito Rural, elaborado nesta sexta-feira (19) pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho), com informações do Banco Central.

O avanço foi puxado principalmente pelo investimento agrícola, que atingiu R$ 136,8 milhões e registrou crescimento anual de 26%. A pecuária também apresentou alta, com R$ 97,6 milhões aplicados e variação positiva de 27%.

No total, os investimentos superaram o desempenho das demais modalidades de crédito rural no Estado. A maior parte dos recursos para investimento foi contratada fora dos programas oficiais de crédito rural.

Cerca de R$ 138,4 milhões vieram de linhas sem fomento público, enquanto os programas com equalização de juros tiveram participação menor. O cenário reflete a limitação de recursos do Plano Safra e a dificuldade de acesso às linhas subsidiadas. Entre os programas oficiais, o maior volume foi registrado no PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns), com aproximadamente R$ 36,3 milhões contratados em novembro.

Também houve uso das linhas ABC/RenovAgro, Pronaf Investimento e Pronamp. Os dados indicam prioridade dos produtores em infraestrutura e armazenagem própria. Em sentido oposto ao investimento, o crédito para custeio agrícola caiu 29% na comparação anual e somou R$ 288,1 milhões no mês.

O custeio total, que inclui agricultura e pecuária, fechou novembro em R$ 590,3 milhões.