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Capital

Candidatos à presidência da ACP pregam diálogo em questões salariais

Ricardo Campos Jr. | 27/11/2015 15:36

Os dois candidatos à presidência da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação) apostam no diálogo com o poder público para garantir os reajustes da categoria nos próximos anos, além dos 13,01% de aumento no piso nacional que ainda não foram pagos na Reme (Rede Municipal de Ensino). A eleição começou às 8h e termina às 20h desta sexta-feira (27).

Como a votação está sendo feita em urnas de papel, a comissão eleitoral acredita que o resultado deva sair somente na madrugada de sábado.

Lucílio é candidato à presidência da ACP pela Chapa 1 (Foto: Silas Lima)
Lucílio é candidato à presidência da ACP pela Chapa 1 (Foto: Silas Lima)

A Chapa 1 é encabeçada por Lucílio Souza Nobre. A proposta principal do grupo, segundo ele, é cobrar a execução do PNE (Plano Nacional de Ensino). “São vinte metas que tratam da gestão democrática, do financiamento da educação, da qualificação do professor, da valorização profissional, ou seja, nós vamos trabalhar para que essas metas, que já foram adequadas no município e no estado, sejam cumpridas”.

Para o candidato, a questão dos reajustes devem ser trabalhadas dentro de um cenário político. “Eu acredito muito no diálogo com o governo, com o município e com o Legislativo, de um modo geral, para solucionarmos esses problemas”.

Renato Pires, candidato à presidência da ACP pela Chapa 2 (Foto: Silas Lima)
Renato Pires, candidato à presidência da ACP pela Chapa 2 (Foto: Silas Lima)
Álvaro lidera Chapa 3, somente com candidatos ao Conselho Fiscal (Foto: Silas Lima)
Álvaro lidera Chapa 3, somente com candidatos ao Conselho Fiscal (Foto: Silas Lima)

O candidato da Chapa 2 é Renato Pires de Paula, que assume uma postura de oposição à diretoria atual e afirma que as propostas do grupo foram montadas com temas que a entidade não tem debatido com a categoria. “Nosso propósito é nos aproximarmos cada vez mais da escola, conversar mais, consultar mais, investigar melhor para descobrir quais são as causas e os motivos que afastam tanto o professor da função e quais as dificuldades ligadas ao exercício da profissão”.

Ele acredita que os debates salariais com o poder público são desafios permanentes da ACP e qualquer um dos futuros presidentes terá que lidar com a pauta. “Nós vivemos em um momento de crise político-econômica e no município, por exemplo, houve uma defasagem de 13% que nós temos que sentar com o prefeito e negociar”, pontua.

Além desses dois grupos, existe uma chapa com candidatos apenas para o conselho fiscal do sindicato, liderada por Álvaro Roberto Ferreira. Ele prega independência no setor para conseguir fiscalizar com austeridade os diretores da entidade de classe.

“Nós acreditamos que o conselho fiscal sendo da mesma diretoria executiva, não vai ter transparência nenhuma. Até hoje não tiveram prestações de conta em nosso sindicato”, afirma.

Pleito – O atual gestor da ACP, Geraldo Alves Gonçalves, deixa o cargo após 10 anos (três mandatos de 3 anos e mais um tampão). Quem assumir o cargo, segundo ele, será o 24º presidente da entidade. Com 4.850 eleitores aptos a votar, o novo presidente deve ser conhecido por volta da 1 hora da madrugada de sábado.

Há bastante movimentação em frente à sede da ACP, na Rua 7 de Setembro. Cada uma das chapas montou uma tenda no local para distribuir panfletos, alguns entregues pelos próprios candidatos à presidência. O acesso deles só é restrito ao interior do prédio, onde estão as cabines de votação.

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