Cansada do telemarketing, população também acaba sem atender ligações da Saúde
Recusa não se restringe a telefonemas suspeitos de vendas, mas também afeta saúde pública
Em meio a uma série de ligações de telemarketing recebidas pela população, que já está habituada a desligar antes de atender ou mesmo bloquear números, quase metade dos telefonemas feitos pelas equipes de vigilância epidemiológica da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) acabam sem retorno.
As chamadas telefônicas têm gerado incômodo em várias pessoas, que já esperam ser venda de produtos ou serviços, e a insatisfação é tamanha que, às vezes, pode até atrapalhar serviços essenciais, tais como o monitoramento de casos de coronavírus.
De acordo com a Sesau, diversos setores fazem contato por meio telefônico com usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). Por exemplo, o teleatendimento, que foi ampliado, efetuou cerca de 3,1 mil ligações em janeiro, mas aproximadamente 44% não foram atendidas.
"O município criou algumas estratégias para tentar ampliar esta comunicação com a população. No caso da vacinação contra a covid-19, por exemplo, há um sistema que dispara mensagens de WhatsApp e por SMS para pessoas que estão com a dose em atraso."
Além disso, diz a pasta, as unidades de saúde, de maneira espontânea, também têm canais através do aplicativo de mensagem on-line, onde pacientes podem tirar dúvidas e receber informações sobre serviços e atendimentos.
Em janeiro de 2022, o Bloqtel, serviço oferecido pelo Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) estadual, teve aumento de aproximadamente 109% de usuários cadastrados - passou de 516 para 1.078 -, na comparação com o mesmo intervalo, no ano passado.
Já em relação às denúncias recebidas, houve aumento de aproximadamente 54,7% - foi de 106 para 164.
Ao todo, em 2021, foram 12 mil usuários cadastrados e 1,4 mil denúncias recebidas. A plataforma pode ser acessada por meio deste link e bloqueia ligações de telemarketing e recebe denúncias de ligações desrespeitosas.
