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Capital tem estoque de vacinas contra dengue apenas para crianças e adolescentes

Segundo a Sesau, são 16 mil doses que serão destinadas exclusivamente ao público de 10 a 14 anos

Por Mylena Fraiha | 21/01/2025 18:20
Capital tem estoque de vacinas contra dengue apenas para crianças e adolescentes
Profissional da saúde aplicando vacina em criança (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)

Após a campanha temporária de vacinação para o público de 4 a 59 anos, a rede municipal de saúde de Campo Grande ainda conta com um estoque de 16 mil doses de vacina contra a dengue, que serão destinadas exclusivamente ao público-alvo de 10 a 14 anos, como parte da campanha regular de vacinação. A confirmação foi feita pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) nesta terça-feira (21).

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Campo Grande possui 16 mil doses de vacina contra dengue disponíveis para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, após o término de uma campanha temporária que imunizou o público de 4 a 59 anos. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) garante que não há falta de imunizantes, e as doses estão disponíveis nas unidades de saúde. Apesar da eficácia da vacina variar entre os sorotipos de dengue, com maior eficácia contra DENV-2 (95,1%), o foco em crianças de 10 a 14 anos se justifica por essa faixa etária apresentar o maior número de hospitalizações. Campo Grande não registra casos do sorotipo DENV-3 desde 2007, porém a Sesau mantém vigilância constante.

De acordo com a Sesau, não há falta de imunizantes para a dengue em Campo Grande. As doses estão disponíveis nas salas de vacina das 74 USFs (Unidades de Saúde da Família) espalhadas pela cidade.

Na última sexta-feira (17), com autorização do Ministério da Saúde e da SES/MS (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), a Sesau liberou a vacinação para as faixas etárias de 6 a 16 anos e, posteriormente, para 4 a 59 anos, como parte da campanha temporária.

O objetivo era evitar o desperdício de doses próximas ao vencimento. Em menos de 24 horas, todas as 3.139 doses disponíveis foram consumidas nas unidades de saúde da família, e consequentemente, encerrando a campanha.

É importante ressaltar que, atualmente, o grupo prioritário para as doses disponibilizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Embora todas as faixas etárias tenham as mesmas chances de contrair a doença, que se espalha por todo o Brasil, e apresentem a mesma evolução clínica, essa faixa etária, de acordo com o Ministério da Saúde, concentra o maior número de hospitalizações por dengue.

“Isso acontece porque o principal fator de risco de desenvolvimento da doença grave é na segunda infecção. E nos locais de maior transmissão, em geral, acomete os adolescentes, já que foram expostos à primeira infecção na infância”, explica o infectologista e presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri, à Revista Veja.

Eficácia por sorotipos – De acordo com dados divulgados pela SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações), a vacina Qdenga demonstrou ser eficaz contra o DENV-1 em 69,8% dos casos, contra o DENV-2 em 95,1% e contra o DENV-3 em 48,9%.

Durante o estudo, o DENV-4 não foi avaliado devido à baixa ocorrência de casos causados por esse sorotipo. A SBim também comprova a eficácia da vacina nos casos de hospitalizações por "dengue confirmada laboratorialmente", com proteção geral de 84,1%, sendo semelhante entre soropositivos (85,9%) e soronegativos (79,3%).

É importante destacar que, embora o sorotipo DENV-3 tenha sido identificado em estados vizinhos e exija atenção redobrada, Campo Grande ainda não registrou casos desse sorotipo, conforme informado pela Sesau. "A prevenção e conscientização contínuas realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde têm sido fundamentais para evitar a introdução do sorotipo na cidade", afirmou a pasta em nota.

Em 2024, todos os casos suspeitos de dengue em Campo Grande foram negativos para o DENV-3. Desde 2007, o município não registra esse sorotipo, mas, dada a rápida transmissão da doença, a Sesau afirma que está em “monitoramento e vigilância constante”.

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