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Capital

Carnaval: desfile de escolas de samba será em local fechado e sem público

Tradicional evento de Campo Grande será limitado devido à pandemia, mas transmitido pela internet

Adriel Mattos | 28/11/2021 11:18
Desfile foi realizado pela última vez em fevereiro de 2020, um mês antes da covid-19 chegar ao Estado. (Foto: Arquivo/FCMS)
Desfile foi realizado pela última vez em fevereiro de 2020, um mês antes da covid-19 chegar ao Estado. (Foto: Arquivo/FCMS)

Cumprindo determinação da prefeitura de Campo Grande, o desfile das escolas de samba vai ser fechado ao público. O anúncio na sexta-feira (26) apenas mencionava que o evento será virtual, sem detalhar como funcionaria.

O que já é certo é que o carnaval de rua, com os blocos passando pela Esplanada Ferroviária, não poderá ser realizado novamente. Eventos privados estão permitidos, com regras rígidas, como o passaporte vacinal.

O presidente da Lienca (Liga das Entidades Carnavalescas), Alan Catharinelli, disse ao Campo Grande News neste domingo (28) que a decisão entristece, mas é compreensível.

“Ficamos tristes por mais uma vez não ter desfile, mas somos solidários”, pontuou. O local do desfile ainda será definido.

“Não vai ser aberto ao público. Faremos num local fechado e não será em um dia para evitar aglomeração. Mas vamos transmitir para a população acompanhar”, afirmou.

Os demais eventos, como o lançamento do Carnaval no próximo sábado (4.12), estão mantidos. “Vamos tocar normalmente e seguir o que foi passado. Mas vamos manter a tradição, porque as escolas não podem pagar o pato”, avalia Catharinelli.

Suspensão – No mesmo dia que a OMS (Organização Mundial de Saúde) manifestou preocupação com a variante ômicron do coronavírus, a prefeitura da Capital decidiu vetar os eventos públicos de Carnaval. A festa de Réveillon também não será realizada.

“Estamos retomando, de maneira gradual, a nossa vida normal, mas ainda vivemos a incerteza do afastamento do perigo da covid-19 e o surgimento de novas variantes, que preocupam técnicos em saúde do mundo inteiro. Em razão disso, em Campo Grande, optamos por não ter carnaval de rua. Seria imprudente e irresponsável contrariar a ciência e colocar em risco a saúde da nossa gente”, justificou Marquinhos.

Sobre os eventos privados, o prefeito disse ao Campo Grande News que a Vigilância Sanitária fará rígida fiscalização. “Não vai ter notificação, vamos fechar quem descumprir. Estamos avisando com 90 dias de antecedência”, alertou.

Para entrar, será obrigatória a apresentação do cartão de vacinação com duas ou três doses ou ainda o teste RT-PCR negativo para covid-19 feito nas 24 horas anteriores. “Vamos reunir nosso grupo de prevenção à covid para determinar as condições”, explicou o prefeito.

Contrários – O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, disse nesta sexta-feira (26), que não aconselha a realização de eventos carnavalescos.

“Solicitei que pudéssemos fazer essa discussão dentro do comitê para que o governo tenha uma posição em relação a estes eventos. Enquanto secretário de Saúde, tenho uma visão técnica de que neste momento, a gente precisa se abster de ter carnavais. Logicamente, o governo tem pedidos de apoio por parte de prefeitos [para ter]. No entanto, eu escuto da minha equipe, de alguns secretários municipais de Saúde, que ainda não é hora de se promover eventos que levem a grandes aglomerações”, ponderou.

Já o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou que, caso as prefeituras decidam realizar as festividades, precisam respeitar o Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia).

“O programa Prosseguir é que vai oferecer um diagnóstico da situação epidemiológica, emitindo recomendações a todos os municípios. A decisão sobre a realização do carnaval é prerrogativa dos prefeitos”, destacou.

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