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Capital

Caso Marielly: laudo confirma sangue em macas apreendidas na casa de enfermeiro

Francisco Júnior | 24/08/2011 12:42

Laudos foram encaminhados para a promotoria de Sidrolândia

Jodimar nega ter feito o aborto na jovem. Ele está preso na carceragem da delegacia de Sidrolândia. (Foto: João Garrigó)
Jodimar nega ter feito o aborto na jovem. Ele está preso na carceragem da delegacia de Sidrolândia. (Foto: João Garrigó)

O laudo da perícia realizado nas duas macas apreendidas na casa do enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, indiciado sob acusação de ter assistido ao aborto que causou a morte de Marielly Rodrigues Barbosa, de 19 anos, comprovou que havia resquícios de sangue nos equipamentos de remoção.

De acordo com Edilson dos Santos Silva, delegado titular da DEH (Delegacia de Homicídios), a perícia não conseguiu comprovar se o sangue encontrado nas macas é da jovem. “A quantidade de sangue encontrado foi pouca e por conta disso não foi possível constatar se era dela (Marielly)”, disse o delegado explicando que, mesmo sem esta comprovação, o laudo reforça as provas contra o enfermeiro.

Na caminhonete L200, usada por Hugleice da Silva, cunhado da vítima, para transportar o corpo até o canavial onde o cadáver foi encontrado, a perícia não detectou vestídio de sangue. Segundo o delegado, todos os laudos já foram encaminhados para a Promotoria de Sidrolândia.

Caso - Marielly saiu de casa, no Jardim Petrópolis, no dia 21 de maio, um sábado, dizendo que iria resolver um problema e não foi mais vista. A família dela e amigos espalharam cartazes pelo bairro, fizeram campanha na internet e foram à Ordem dos Advogados do Brasil e Assembléia Legislativa pedir apuração do desaparecimento. Hugleice esteve presente o tempo todo.

O corpo foi encontrado no dia 11 de junho com roupa diferente da que a jovem havia saído de casa. Não foi encontrado feto no corpo e as condições do cadáver indicavam perda de sangue.

A perícia constatou que não havia marcas de violência no corpo e que, diante da informação de que ela estava grávida, a morte foi resultado do aborto malsucedido.

A Polícia suspeitou do cunhado após a quebra de sigilo telefônico constatar que ele foi a última pessoa com quem ela conversou. Além disso, a empregada de Jodimar o viu na residência do enfermeiro. No local onde o cadáver estava havia embalagens de Halls, bala que Hugleice tinha hábito de consumir.

A família de Marielly mentiu à Polícia sobre o paradeiro de Hugleice no dia do desaparecimento da jovem. Todos disseram que ele estava em casa no dia 21 de maio, no fim da tarde, quando a operadora de celular dele indicou que ele estava em Sidrolândia.

Após ser preso, ele confessou que mantinha um relacionamento com a cunhada e tinha participação na morte dela. Ele seria o pai do filho que a jovem esperava. Conforme as investigações, Hugleice pagou R$ 500 a Jodimar para fazer o aborto na jovem.

Hugleice continua preso na Derf (Delegacia Especializadas em Roubos e Furtos), Já Jodimar está na carceragem da delegacia de Sidrolândia.

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