ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Catadores liberam rodovia e comprovam falta de matéria-prima em usina de triagem

João Humberto | 30/05/2016 20:33

Cerca de 200 catadores de material reciclável que tiravam o sustento da área de transição do lixão de Campo Grande, bloquearam na manhã de hoje (30) a BR-262, em frente ao aterro sanitário, no anel viário, para pedir a reabertura do local, além de outras reivindicações da categoria. Eles liberaram a rodovia às 16h.

Conforme informações do catador João Alves, o bloqueio aconteceu pelo fato de os catadores quererem a abertura da área de transição, já que segundo eles, na UTR (Usina de Triagem de Resíduos) tem faltado matéria-prima, enquanto materiais recicláveis estariam sendo jogados como lixo comum no antigo lixão.

Por esse motivo, a categoria quer investigação na construção da UTR, que eles acreditam ter sido superfaturada. Outra reclamação é em relação às áreas em que as famílias da favela Cidade de Deus foram transferidas. “Nos deram o terreno e falaram que iríamos construir as casas, mas não mandam material. Continuamos vivendo nos barracos”, completou o catador.

Nesta tarde a defensora pública Olga Lemos Cardoso de Marco e o vereador Eduardo Romero (REDE), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara da Capital, foram até o local e constataram que há muito material reciclado sendo jogado no lixo comum e aterrado. Por esse motivo, os catadores não podem usar o lixão na área de transição, segundo explica Romero.

Ficou decidido que uma audiência pública pode ser realizada sexta-feira (3) no período da manhã na Câmara de Campo Grande, com o objetivo de encontrar alternativas para o problema. “No Tocantins, por exemplo, há uma lei específica que criou o aluguel social para pessoas com moradia vulnerável. Existem várias pessoas que perderam seus empregos e moradias e precisam de garantia para resolver isso”, reitera o vereador.

Eduardo, Olga e os catadores pretendem oficial denúncia ao MPE (Ministério Público Estadual) e solicitar investigação da PF (Polícia Federal) no caso. Outro problema constatado nesta tarde é que existe vazamento de chorume para área ambiental.

Para entrar na área de transição hoje à tarde, os catadores tiveram que invadi-la, já que equipe da Solurb, empresa responsável pela coleta do lixo na cidade, proibiu a entrada deles no local.

Nos siga no Google Notícias