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Capital

Chorando, Nando nega crime durante julgamento e diz que era amigo de vítima

Nando, apontado como autor de ao menos 16 assassinatos na região do Bairro Danúbio Azul, já foi condenado a 36 anos nos dois primeiros júris

Viviane Oliveira e Bruna Pasche | 08/02/2019 12:13
Nando prestou depoimento por videoconferência (Foto: Bruna Pasche)
Nando prestou depoimento por videoconferência (Foto: Bruna Pasche)
Comparsa de Nando, Jean Marlon Dias Domingues também é julgado hoje (Foto: Henrique Kawaminami)
Comparsa de Nando, Jean Marlon Dias Domingues também é julgado hoje (Foto: Henrique Kawaminami)

Durante o 3º julgamento realizado por videoconferência na 2ª Vara do Tribunal do Júri nesta sexta-feira (8), Luiz Alves Martins Filho, o Nando, negou que matou Ana Cláudia Marques, 37 anos, em 2016. Ele, apontado como autor de ao menos 16 assassinatos na região do Bairro Danúbio Azul, já foi condenado a 36 anos nos dois primeiros júris. 

Chorando, Nando que está preso no Instituto Penal negou o crime. Ele afirmou que era amigo da vítima. Inclusive relembrou que quando teve o fornecimento de água cortado em casa, foi Cláudia que lhe ajudou. 

Nando acusa Jader Alves Correa como autor do assassinato. Na delegacia, ele havia confessado participação apenas na ocultação do cadáver. Jader será julgado em outra ocasião, porque recorreu. O comparsa de Nando, Jean Marlon Dias Domingues, 22 anos, que também é julgado hoje, contou que no dia do crime, saiu com Nando por volta das 21h30. Os dois foram para a chácara de Jader, localizada no mesmo bairro. Quando chegaram lá, encontram Ana Cláudia muito machucada. Ela havia sido espancada por Jader a pauladas e barra de ferro.

Na sequência, Jader acabou de matar a vítima enforcada. Os três, então, colocaram a mulher em uma caminhonete e a levaram para a região do aterro sanitário do Noroeste. Lá, o corpo foi jogado em um buraco cavado por Nando. Jean contou ainda que Ana Cláudia e Jader tinha rixa em razão do tráfico de drogas na região. Um dia antes do crime, Jader teria ido à casa de Ana Cláudia e batido nela, nos filhos dela e nos usuários de drogas que estavam no local. "Não matei. Não encostei um dedo nela. Só participei da ocultação", disse. Ana Cláudia era usuária de droga e deixou seis filhos.

Nando não foi levado para o júri, porque está em tratamento contra tuberculose - doença infecciosa. O resultado do júri de hoje deve ser divulgado no período da tarde.

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