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Capital

Colégio tradicional tem a maior nota da cidade, mas não bate própria meta

Chloé Pinheiro | 09/09/2016 14:43
Fachada do Colégio Militar. (Foto: Alcides Neto)
Fachada do Colégio Militar. (Foto: Alcides Neto)

Campeão disparado nas notas da prova nacional entre as escolas públicas de Campo Grande, o Colégio Militar aumentou sua média no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), alcançando 7,1, mas a meta estabelecida para a instituição era um pouco acima disso, 7,2. Mesmo assim, o resultado é o melhor da cidade. 

A diferença se explica porque a meta é calculada de acordo com o quanto se espera que a escola evolua. Mais do que isso, a lógica é que a nota contribua para aumentar a média nacional - que hoje é de 4,5 para os anos finais do Fundamental e, espera-se, chegue a 5,5 em 2022, ano do bicentenário da Independência.

Logo, exige-se mais de escolas que já apresentam um bom desempenho, caso do Colégio Militar. 

Para se ter ideia, o CMCG tirou 342 em matemática e 314 em português em avaliação dos estudantes do final do ensino fundamental (oitava série, que agora é o nono ano), enquanto os segundos colocados na rede pública da capital ficaram na casa dos 290 pontos. A nota considerada ideal pelo Ministério da Educação é de 300 para os cálculos e 275 para as letras.

No Colégio Militar, aonde estudam 940 alunos entre o sexto ano do fundamental e o terceiro do ensino médio, essas disciplinas ganham os nomes de letramento e numeramento. Lá, os alunos do sexto e sétimo ano (antigas quinta e sexta séries) estudam em tempo integral. O plano é que, a partir do ano que vem, o horário se estenda também para outros anos. 

Nas tardes, além do letramento e numeramento, que ganham horas a mais do que as das aulas da manhã, os alunos escolhem matérias optativas, como música, ou a prática esportiva. Na quarta-feira, é dia dos clubes e grêmios, com encontros entre os fãs de xadrez, teatro, jornalismo e outras áreas do conhecimento. 

A Supervisão de Ensino do Colégio contou para a reportagem que o segredo para o bom desempenho, além da carga reforçada de aulas, é o resgate pedagógico, como chamam o reforço escolar, e as sessões de apoio pedagógico, acompanhamento individual feito por professores dedicados integralmente à essa atividade. 

No quadro de professores, há até mestres e doutores, divididos entre militares e civis, esses últimos concursados. Esse ano, a divisão do ano letivo mudou de bimestral para trimestral. 

Disputado por conta da boa fama que desfruta, o Colégio Militar é tão disputado que os alunos que concorrem a ele - militares e civis disputam as vagas, que são abertas anualmente - chegam a desembolsar R$ 2 mil por oito meses de aulas preparatórias em "cursinhos" direcionados especialmente para o processo seletivo. 

Para os estudantes que quiserem tentar a sorte, o concurso desse ano está com inscrições abertas até a próxima segunda, 12. São dez vagas, todas para o sexto ano do Ensino Fundamental, e a taxa de inscrição custa R$95. 

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