Colombiano que matou jovem no trânsito é solto após pagar fiança de R$ 20 mil
Colombiano causou acidente no trânsito de Campo Grande; um jovem morreu e outra menina ficou ferida gravemente
O colombiano Carlos Hugo Naranjo Alvarez, de 32 anos, foi solto no último sábado (26), dois dias depois de pagar a fiança de R$ 20 mil e agora, responde ao processo em liberdade, com medidas cautelares impostas pela Justiça e usando tornozeleira eletrônica. Carlos foi preso no dia 28 de fevereiro depois de causar acidente com morte e fugir embriagado, em Campo Grande.
A advogada Valda Nóbrega disse ao Campo Grande News que ele ainda está abalado com o ocorrido, mas está bem, com a família. O colombiano já foi denunciado pelo Ministério Público e virou réu por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
O acidente aconteceu no início da manhã de segunda-feira, 28 de fevereiro, no cruzamento da Avenida Salgado Filho com a Rua Guia Lopes, no Bairro Amambaí. Matheus seguia em uma Honda Fan 150 e tinha como passageira Samira Ribeiro dos Santos, 19, quando o casal foi atingido pela Mercedes-Benz de cor prata, conduzida pelo colombiano.
Matheus morreu na hora e a jovem foi levada para a Santa Casa. A colisão foi tão forte que chegou a arrancar a perna inteira do rapaz. De acordo com a polícia, o corpo da vítima foi arremessado cerca de 15 metros depois da queda da motocicleta. A perna parou 4 metros à frente do corpo.
O colombiano fugiu do local, mas foi preso poucas horas depois, em Rochedo. Ele negou que estivesse bêbado, no entanto, teste de bafômetro constatou 0,30 mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) requereu a prisão preventiva (por tempo indeterminado) de Carlos Hugo, sob o argumento de risco de fuga, manutenção da ordem pública e de que ele está com visto vencido no Brasil desde 12 de agosto do ano passado. Além disso, pediu improcedência no pedido de redução da fiança, inicialmente, de R$ 50 mil.
No entanto, na decisão, o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, entendeu que desde o tempo do ocorrido, não houve pagamento da fiança, entendendo que, de fato, Carlos não tem condições de pagá-la. "(...) se a situação econômica do acusado assim o recomendar, o juiz poderá reduzir o valor da fiança até o máximo de dois terços", citou Garcete.
Assim, determinou que o veículo de Carlos fosse incluído como fiança e reduziu o valor para R$ 20 mil. "O veículo será penhorado para fiança até o término do processo. Então ele vai poder andar, usar o carro, mandar arrumar, só não vai poder vender, porque está penhorado", explicou a advogada.
Além de pagar a fiança, o colombiano entregou o passaporte e deverá cumprir medidas cautelares estipuladas pela Justiça, como uso de tornozeleira eletrônica por 180 dias, ficar em casa das 20h às 6h, de segunda a sexta-feira. O recolhimento domiciliar tem de ser de forma integral durante os sábados, domingos e feriados. O colombiano está proibido de deixar a cidade e o País.