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Capital

Com 60 casos no verão, gripe coloca MS em alerta neste começo de outono

Natalia Yahn | 24/03/2016 09:31
"É importante vacinar, em especial idosos", afirma infectologista da Fiocruz, Rivaldo Venâncio. (Foto: Arquivo)
"É importante vacinar, em especial idosos", afirma infectologista da Fiocruz, Rivaldo Venâncio. (Foto: Arquivo)

Nos 76 primeiros dias do ano, ainda durante o verão, Mato Grosso do Sul já tinha registrado uma morte por H1N1, também chamada de gripe suína, além de 60 casos notificados de outros tipos de influenza A, que inclui o vírus H3N2. A expectativa é de que o número de casos aumente com o início do outono, de acordo com previsão do médico infectologista e representante da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha.

“Estamos na época de mudanças climáticas. Com o início do outono a temperatura média diária começa a baixar. As pessoas tendem a ficar mais recolhidas e consequentemente a circulação dos vírus aumenta. É esperado começar a elevar os casos de doenças respiratórias, em especial H1N1”.

Os casos foram registrados entre 1° de janeiro e 16 de março. Mas, a partir do dia 2 de fevereiro foram 45 casos notificados em 43 dias, passaram de 15 para 60 - aumento de 75%.

O paciente que morreu por conta da doença era de Corumbá, a 400 quilômetros de Campo Grande, onde o número de casos notificados chega a 44, o maior entre os cinco municípios que registram a doença até agora. O óbito por gripe aconteceu no mês de janeiro, pois no primeiro boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), divulgado no dia 2 de fevereiro, o caso já aparecia como confirmado.

Na Capital são 11 casos notificados, Ponta Porã aparece com três, Caarapó e Ladário com um, respectivamente. O segundo boletim epidemiológico da SES – divulgado no dia 17 de março –, aponta que desde o início do ano até o dia 16 de março, 151 amostras foram encaminhadas para triagem no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública). Foram cinco casos confirmados, quatro de H3N2 em Campo Grande e um de H1N1 em Corumbá.

No primeiro boletim eram apenas 15 casos notificados – um em Campo Grande e 14 em Corumbá. Além de 57 amostras avaliadas pelo Lacen, com quatro confirmações – três na Capital (de H3N2) e um em Corumbá (de H1N1).

Desde 2009 até 2015 foram registradas 86 mortes por influenza A – 15 causadas por H3N2. Somente no ano passado foram sete mortes, uma delas por H1N1.

Venâncio explica que os vírus da influenza A – H1N1 e H3N2 – já estão inseridos no Estado desde 2009, mesmo assim os cuidados para evitar a doença precisam ser feitos, para evitar as mortes por gripe. “Já são sete anos com o vírus em circulação, e há dois anos as pessoas ainda estava relutantes em ser vacinadas. É importante vacinar, em especial idosos e gestantes, além de tomar as precauções individuais de higiene, limpar o nariz, proteger o espirro e sempre lavar as mãos com água e sabão”, disse o médico.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou que a vacinação contra gripe, prevista para começar em maio, foi antecipada para abril, mas ainda sem data confirmada.

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