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Capital

Com entrada na Rodoviária bloqueada, desembarque é feito em avenida

Rafael Ribeiro e Yarima Mecchi | 28/04/2017 07:11
Passageiros desembarcar na Avenida Gury Marques em frente à rodoviária da Capital nesta manhã (Foto: Yarima Mecchi)
Passageiros desembarcar na Avenida Gury Marques em frente à rodoviária da Capital nesta manhã (Foto: Yarima Mecchi)
Grevistas bloqueiam acessos da rodoviária de Campo Grande
Grevistas bloqueiam acessos da rodoviária de Campo Grande

Um grupo de cerca de 30 pessoas bloqueia a entrada e saída de ônibus no Terminal Rodoviário de Campo Grande, na região sul, na manhã desta sexta-feira (28), como parte da greve geral que protesta contra a reforma da previdência aprovada nesta semana pela Câmara Federal.

Sem alternativa, os coletivos que chegam com passageiros são obrigados a realizar o desembarque das pessoas na rua, em plena Avenida Gury Marques. Aa maioria das viagens programadas também não estão sendo realizadas. Algumas empresas, no entanto, estão fazendo o embarque também na avenida.

O Campo Grande News flagrou pelo menos três ônibus, vindos de Naviraí, Ponta Porã e Maringá, desembarcando passageiros na via, por volta das 6h30.

Segundo Jefferson Borges, presidentre da União Geral dos Trabalhadores, grupo que bloqueia os acessos, não há previsão para que a circulação de ônibus na área interna da rodoviária. As partidas de coletivos também não tem previsão de serem retomadas.

Usuários circulam pela calçada após descer de ônibus em plena avenida
Usuários circulam pela calçada após descer de ônibus em plena avenida
Movimentação de passageiros, apesar dos problemas, foi normal
Movimentação de passageiros, apesar dos problemas, foi normal

Borges disse que chegaram ao local por volta das 3h30 e desde então 45 ônibus deixaram de iniciar viagens e outros 60 ou desembarcaram passageiros na rua ou seguiram para suas garagens.

"Falaram que só por volta das 16h as coisas devem ser normalizadas", disse Juciara Santos, 27 anos. Ela veio de Cuiabá (MT) para o aniversário de um familiar em Maracaju (a 160 km de Campo Grande), mas sem alternativas vai ter que voltar ao hotel onde se hospedou e esperar o voo de retorno à capital mato-grossense.

"Paguei R$ 35 pela passagem com antecedência e gostaria apenas que nos avissassem antes que iria parar tudo", completou, alegando que não conseguia nem reaver o valor pelo fato da rodoviária estar sem sistema.

Acompanhada das filhas, de 4 e 2 anos, Letícia da Silva, 22, se preocupou do risco em desembarcar com as crianças na rua. "Estou vindo do interior do Paraná e fico chateada apenas pelo fato de não terem nos avisado antes", disse, enquanto esperava o irmão ir buscá-la.

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