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Capital

Com promessa de nomeação, manifestantes devem ficar no Incra até sexta

Vinícius Squinelo e Paula Maciulevicius | 24/08/2011 18:30

Reunião realizada em Dourados teria avançado nas negociações entre movimentos e representantes governamentais

Sede do órgão em Campo Grande continua trancada pelos manifestantes (foto: Pedro Peralta)
Sede do órgão em Campo Grande continua trancada pelos manifestantes (foto: Pedro Peralta)

Os manifestantes que ocupam a Superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande, desde o início da semana, devem deixar o local somente na sexta-feira.

Segundo Valdirene de Oliveira, coordenadora estadual do MST (Movimento Sem-Terra), que realiza o manifesto juntamente com a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MPF (Ministério Público Federal) se comprometeu a intervir junto ao Incra para a nomeação de um novo superintendente em MS, além da derrubada da liminar que vem travando o processo de vistorias e aquisição de novas áreas para reforma agrária.

Oliveira afirmou o compromisso foi feito em Dourados, durante reunião entre os manifestantes, que também ocuparam a coordenadoria do Incra na cidade, e o procurador Marco Antonio, do MPF, que teria informado que a nomeação do superintendente “vai vir de Brasília”.

Mesmo com o avanço nas negociações, os manifestantes, cerca de 300, prometem que só deixam a sede do Incra em MS com a nomeação de um novo superintendente regional. Eles querem a saída do superintendente interino, Manuel Furtado Neves, que assumiu o cargo após a exoneração, em agosto do ano passado, no lugar de Waldir Cipriano Rabelo, exonerado após ser preso na operação Tellus, realizada pela PF (Polícia Federal).

Outro coordenador do MST, Laudir Boiani, comentou que o órgão funcionou normalmente em Campo Grandena tarde desta quarta-feira. Segundo ele, a entrada dos funcionários foi autorizada e ao menos 80% deles compareceram ao trabalho.

Os manifestantes também disseram que há cerca de 5 mil integrantes em Brasília (DF), e 60 mil em todo Brasil, para fazer pressão sobre as reivindicações aos órgãos federais.

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