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Capital

Comando da PM vai investigar “bico” de policial na segurança da Ceasa

O Policial Militar fazia um bico de segurança quando perdeu a arma da corporação no Ceasa

Bruna Kaspary | 23/01/2019 11:06
Movimento na Ceasa foi afetado depois que polícia fez buscas pela arma na entrada do Ceasa (Foto: Bruna Kaspary)
Movimento na Ceasa foi afetado depois que polícia fez buscas pela arma na entrada do Ceasa (Foto: Bruna Kaspary)

O Comando da Polícia Militar irá investigar a atuação do policial que perdeu uma arma da corporação durante trabalho extra na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul). Aos superiores, ele informou que estava fazendo compras no local, mas os funcionários garantem que ele trabalha como segurança para um dos comerciantes do lugar.

Desde ontem (22) à tarde, a PM realiza buscas na Ceasa para tentar encontrar a arma do integrante da corporação que foi extraviada. O policial teria esquecido a pistola em um banheiro e, quando se deu conta de que estava sem o armamento, voltou para buscar, mas não o encontrou.

Conforme o relato do gerente administrativo do pavilhão do produtor, Edmílson Bandeira, que confirmou saber para quem esse policial prestava serviço, a arma foi esquecida no local ainda de madrugada, mas somente no meio da manhã que o PM sentiu falta do equipamento. “O banheiro da Coop-grande é usado por muita gente, ele até foi lá para procurar a arma de novo, mas não encontrou”.

Sobre a megaoperação desencadeada após o sumiço, a mobilização causou surpresa. “Eu não sei se ele é PM mesmo, mas se for, ele deve ter comunicado os colegas deve ainda pela manhã”, explica Edmílson. Ele afirma que recebeu uma ligação da polícia pedindo para que ele estivesse às 13h ontem na Ceasa para acompanhar as buscas pela arma.

O responsável pela operação e comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar, José Carlos Rodrigues, informa que todas as questões relativas ao sumiço da arma serão investigadas, inclusive, se o policial realmente estava fazendo um bico de segurança. “Nenhum policial militar pode ter outra atividade financeira. Para nós, ele informou que estava lá fazendo compras”, conclui.

O tenente-coronel ainda completa dizendo que, caso a arma não seja encontrada, será de responsabilidade do policial repor a pistola para a Corporação. “Além disso ele também irá responder administrativamente e judicialmente pelo extravio dessa arma. A respeito desse bico, ele também será investigado e a junta militar irá decidir a respeito dos procedimentos que serão tomados”.

Apesar de toda a operação para encontrar o revólver perdido, Rodrigues garante que o policial não corre risco de ser expulso da corporação por causa desse incidente. Segundo ele, o militar não teve a intenção de perder a arma e isso tem uma gravidade significativamente menor do que se ele tivesse gerado uma situação para entregar a pistola para alguém.

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