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Capital

Comerciante recebeu notificação antes de ter construção ilegal derrubada

Carpinteiro perdeu R$ 3 mil, porém foi avisado pela prefeitura sobre ilegalidade da construção

Por Jéssica Fernandes | 25/07/2024 08:11
Tijolos no chão foram o que restou de construção ilegal em área do munícipio. (Foto: Henrique Kawaminami)
Tijolos no chão foram o que restou de construção ilegal em área do munícipio. (Foto: Henrique Kawaminami)

O comerciante do Bairro Jardim Aero Rancho que teve obra destruída por equipes da Prefeitura Municipal de Campo Grande recebeu notificação no começo deste mês sobre a ilegalidade da construção. Eudes Pereira de Magalhães, de 52 anos, estava erguendo uma loja dentro do parque que pertence ao município.

Há cinco anos, o comerciante mantém negócio na região, porém a loja em que trabalha é feita de madeira. À reportagem, ele afirmou na quarta-feira (24) que investiu R$ 3 mil em mão de obra e materiais de construção para fazer erguer uma nova loja, que dessa vez seria de alvenaria.

No começo dessa semana, Eudes viu esse dinheiro ir embora a marretadas. Na terça-feira (23), equipes chegaram e quebraram parte da estrutura que já tinha sido erguida no encontro da Rua Jornalista Valdir Lagos com a Rua Arquiteto Carlos Alberto Maffei. Em entrevista ao Campo Grande News, Eudes disse que os homens não entregaram nenhum documento e que não receberam nenhuma notificação sobre o caso.

Em resposta, a Prefeitura de Campo Grande diz que a desapropriação foi realizada pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) em conjunto com a Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) e a GCM (Guarda Civil Metropolitana).

“Conforme a pasta (Semadur), o senhor Eudes Pereira possui um comércio de madeira no local e foi previamente informado, desde o dia 07 de julho de 2024, sobre a ilegalidade de erguer qualquer unidade de alvenaria na área mencionada”, diz a nota.

No dia do ocorrido, Eudes também apontou que a equipe não estava com nenhuma identificação. “Ontem vieram uns caras aqui dizendo ser da prefeitura e que tinham ordens expressas para derrubar a construção, mas não entregaram nenhum documento, não se identificaram e não estavam com carro oficial”, afirmou à reportagem.

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