MS reforça combate à gripe aviária e foca ação em pequenos produtores
Após confirmação de caso no RS, governo aumentará capacitação, visitas técnicas e protocolos de biossegurança
Entidades de Mato Grosso do Sul vão reforçar o combate à gripe aviária. A ação conjunta será realizada pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Embrapa Pantanal e Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), após a confirmação de um caso de influenza aviária (H5N1) em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. Em MS, diversos casos suspeitos já foram descartados.
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O foco da ação são os pequenos produtores, que receberão capacitação, visitas técnicas e serão inseridos em um sistema de vigilância participativa. De acordo com o governo estadual, o objetivo é orientar esses trabalhadores por meio de oficinas, repassando informações e abordando protocolos de biossegurança e biosseguridade, principalmente em regiões de fronteira e comunidades que praticam a avicultura de subsistência.
“O produtor é, muitas vezes, o primeiro a perceber alterações no comportamento das aves. Mas, para que ele seja um aliado no enfrentamento da doença, precisa entender não apenas o que pode ou não fazer, mas o porquê das orientações técnicas”, explica a zootecnista da Agraer, Thainara Rocha.
A especialista alerta que, em muitas pequenas propriedades, as aves são mantidas soltas, sem cercas ou proteção contra animais silvestres, o que aumenta o risco de contaminação. Por isso, a participação do agricultor familiar é considerada fundamental para conter o avanço da doença.
"Uma vez confirmado o foco, a medida de contenção é o sacrifício dos animais, o que gera prejuízos que atingem toda a cadeia produtiva, inclusive os pequenos produtores, que não têm estrutura para suportar perdas sanitárias severas”, afirma.
Entre as medidas de biosseguridade, destacadas pela chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Iagro, Janine Ferra, está a melhoria na estrutura das propriedades, como a instalação de cercas, telas de proteção contra aves silvestres, controle de acesso, manejo diário, higiene das instalações e descarte adequado de resíduos.
“Já a biossegurança envolve a proteção do operador, com o uso de equipamentos de proteção individual. Ambas são indispensáveis para evitar a entrada e a disseminação de doenças”, ressalta Ferra.
Em casos de suspeita da doença, as agências orientam que o produtor isole imediatamente as aves doentes e acione a Iagro, que fará a investigação e adotará as medidas necessárias.
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