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Lado Rural

Brasil recebe certificação em Paris e já pensa em novos mercados para a carne

Lula comemora status e diz que se esforçará para vender a carne brasileira a outros países

Por Maristela Brunetto | 06/06/2025 07:59
Brasil recebe certificação em Paris e já pensa em novos mercados para a carne
Presidente está em Paris e esta manhã participou de solenidade de entrega de certificado de sanidade para a carne brasileira (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu esta manhã, em Paris, o certificado concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal, reconhecendo o Brasil como país livre da febre aftosa sem vacinação. Cercado de empresários da cadeia produtiva, disse que o reconhecimento representa a ampliação de mercados internacionais para consumo da carne brasileira, que em 2024 alcançou três milhões de toneladas exportadas.

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Em Paris, o presidente Lula recebeu o certificado da Organização Mundial de Saúde Animal atestando o Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento amplia mercados para a carne brasileira, que exportou três milhões de toneladas em 2024. Lula agradeceu à cadeia produtiva pelo trabalho de 60 anos e destacou a importância da agropecuária para a economia nacional. O presidente pretende apresentar a carne brasileira, juntamente com outros produtos como soja e milho, em encontros multilaterais. Lula enfatizou a atuação consciente do país em relação ao meio ambiente e seus recursos naturais. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ressaltou a colaboração entre União, estados e países vizinhos no controle sanitário. Fávaro defendeu a realização de um encontro mundial sobre saúde animal no Brasil, dada a diversidade do país. A certificação permite ampliar a variedade de produtos exportados e alcançar mercados exigentes, como o Japão, com potencial impacto positivo na economia nacional.

O reconhecimento foi anunciado no final de maio, durante evento da entidade, e contou com a presença de autoridades e representantes de produtores do Estado, mas o documento foi entregue hoje ao presidente. Lula disse que era dia de agradecer toda a cadeia, por um trabalho de 60 anos, até chegar ao reconhecimento como “cidadão de primeira categoria”, em relação ao certificado. Disse que era um esforço adicional o trabalho de ganhar o mundo e agradar até quem desconhece o País e por vezes colocava “exigências absurdas”, mas que eram cumpridas.

Lula citou a importância da agropecuária para a economia do País, que se tornou o principal negócio. Considerou que se tratava de um dia histórico, que coroava o reconhecimento que o país teve de que precisava ser o melhor, para disputar o mercado “com quem quer que seja”.

Para quem ainda não compra a carne brasileira, Lula citou países asiáticos, como o Japão, ele apontou que se dedicará a “vender a carne de qualidade”. O presidente apontou uma série de encontros multilaterais que terá este ano para mostrar a carne, soja, milho e “vender a condição do país de cuidar do meio ambiente”.

Lula emendou que o País atua com consciência e citou os recursos naturais e a riqueza mineral, que o habilitam a ser o melhor naquilo que pretender. Por fim, mencionou que cabe à cadeia produtiva se esforçar para que a aftosa não volte ao Brasil e siga articulada com os países vizinhos para que também não tenham focos.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, citou a atuação concentrada que houve envolvendo a União, estados e os países vizinhos, citando Bolívia e Paraguai, que têm fronteira com Mato Grosso do Sul, e Colômbia, Venezuela e Guiana. O ministro também falou em sustentabilidade e o papel dos produtores no resultado, que demonstra que o Brasil tem o Brasil o mais forte e robusto.

Favaro citou que exemplo disso é só agora surgir a gripe aviária no País, mesmo sendo rota de aves silvestres. Ele apontou que dias atrás surgiu foco em uma granja e houve esforço para deixá-lo concentrado, sem afetar a condição sanitária. Isso demonstra a robusteza do setor sanitário, comenta.

O ministro ainda defendeu que o Brasil sedie um encontro mundial sobre saúde animal, uma vez que se trata de um país continental, concentrando várias realidades distintas, o que não justificaria bloqueios integrais diante de situações pontuais.

Novos mercados – O país leva a carne a 160 países e agora pode ampliar produtos, uma vez que alguns limitam o tipo de carne importada, como peças com ossos ou miúdos, e chegar ainda a outros mercados, como o Japão, um dos mais rigorosos nos critérios sanitários.

Ricardo Satin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, citou como exemplo o Rio Grande do Sul, que só em ampliação na venda de carne suína à China pode ganhar em um ano US$ 120 milhões. Já Roberto Perosa, presidente Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, lembrou que embora o Brasil seja um grande exportador, 70% de sua carne ficam para consumo interno.

Ele comemorou a possibilidade de ampliar vendas para Europa e novos mercados, como a Japão, o que deve refletir na economia no interior do país, que é onde está a pecuária, citou. Na fala, não faltou entusiasmo com o reconhecimento de sanidade animal, fruto de trabalho de “todos os elos da cadeia”.

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