Condutor de lancha envolvida em acidente com morte presta depoimento por 3 horas
Mais cedo, filho de pescador morto também foi ouvido pela Marinha, aqui em Campo Grande
Depois de quase três horas, o servidor público Nivaldo Thiago Filho de Souza deixou o prédio da União dos Veteranos da Marinha do Brasil, onde prestou depoimento na tarde desta quarta-feira. Ele foi ouvido sobre acidente que causou a morte do pescador Carlos Américo Duarte, de 59 anos. Tanto na entrada quanto na saída, ele não conversou com a imprensa.
Thiago conduzia a lancha que colidiu com o barco da vítima no último dia 1°, durante pescaria em Miranda.
Cercado por grades fechadas, o prédio cedido para que os envolvidos prestassem depoimento fica no Jardim Imá, em Campo Grande. Por volta das 13h20 desta quarta-feira (12), dois agentes da Marinha chegaram ao local para começar os interrogatórios. Às 14h40, o advogado de defesa, Luiz Felipe Ferreira dos Santos, também chegou.
Thiago apareceu logo depois, dirigindo uma caminhonete, acompanhado de uma mulher, que estava no banco do passageiro.
Ao deixar o local, o advogado de Thiago disse apenas que acredita ser muito cedo para dar declarações sobre o caso. A defesa confia que apuração vai comprovar a inocência do condutor da lancha e que a morte foi uma fatalidade.
Mais cedo, por volta das 8h30, o filho da vítima, Caê Duarte, também foi ao local e prestou depoimento. Eles estava com o pai no dia da morte.
Segundo o advogado do rapaz, Rodrigo de Queiroz Rolim, ele repetiu a versão que já havia apresentado anteriormente.
À polícia, Caê disse que estava navegando com o pai próximo à margem do Rio MIranda, quando no encontro com o Aquidauana a lancha surgiu em alta velocidade no sentido oposto. Eles foram “atropelados” e o pescador morreu no local.
Questionada sobre o depoimento, a Marinha do Brasil não informou o teor e, em nota, informou apenas que não iria se manifestar, “pois o processo ainda está em andamento, e a divulgação pode comprometer” o inquérito.