ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 32º

Capital

Contas em atraso dificultam compra emergencial de 320 tipos de remédios

Enquanto isso, postos de saúde convivem com buracos nas prateleiras e faltas constantes que vão de álcool etílico a antibióticos.

Alberto Dias | 17/01/2017 17:35
Na farmácia do Central Regional de Saúde do Tiradentes, prefeito encontra prateleiras vazias. (Foto: Alberto Dias)
Na farmácia do Central Regional de Saúde do Tiradentes, prefeito encontra prateleiras vazias. (Foto: Alberto Dias)

Com fornecedores em atraso e pagamentos suspensos, a prefeitura não está conseguindo comprar medicamentos que faltam nos postos de saúde da Capital. Levantamento feito pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a pedido do prefeito Marquinhos Trad (PSD), soma 320 itens, porém, uma dívida na ordem de R$ 360 milhões põe em cheque a credibilidade do Município e espanta as empresas das licitações.

Quando se está devendo, é difícil comprar. "A gente não tava conseguindo porque não havia pregões e por problemas com fornecedores, mas estamos chamando todos para resolver isso e viabilizar essa questão", explicou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela. A expectativa, segundo ele, é que os medicamentos sejam adquiridos até o fim do mês.

Questionado sobre valores, desvia: "Estamos auditando. É um número grande", disse Vilela, em entrevista concedida ao Campo Grande News após coletiva no Hospital do Câncer nesta terça-feira (17). Em 5 de janeiro, Vilela comentou à reportagem que a dívida deixada na área da Saúde ultrapassava R$ 20 milhões.


Quase duas semanas depois, a alternativa encontrada foi convocar os fornecedores para explicar a situação e pedir um voto de confiança, a exemplo do que Trad fez com outros credores, como a Energisa e Águas Guariroba que cobram R$ 12 milhões em contas de água e luz acumuladas durante os últimos seis meses de gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP).


Diagnóstico - No terceiro dia de gestão (4 de janeiro), Trad chegou sem avisar no Centro Regional de Saúde do bairro Tiradentes, região leste da Capital. Durante a vistoria, encontrou a farmácia com vários medicamentos faltando. Na ocasião, falou da necessidade de comprar remédios emergencialmente. Desde que assumiu, passou por diversas unidades, em regiões como Vila Almeida, Coronel Antonino, Nova Bahia e Jardim Leblon.

Nos siga no Google Notícias