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Capital

Corrida reúne mais de mil atletas para salvar vidas com doação de sangue

Evento estimula doação de sangue e medula óssea; dinheiro arrecadado irá para Hospital do Câncer e Apae

Idaicy Solano e Ana Beatriz Rodrigues | 25/06/2023 09:58
Corrida Sangue-Bom reuniu mais de mil atletas inscritos na manhã deste domingo (25). (Foto: Paulo Francis)
Corrida Sangue-Bom reuniu mais de mil atletas inscritos na manhã deste domingo (25). (Foto: Paulo Francis)

O estímulo a uma vida mais saudável, amor pelo esporte e o desejo de ajudar o próximo marcaram a sexta edição da Corrida e Caminhada Sangue Bom,que reuniu mais de mil inscritos e movimentou cerca de três mil pessoas nos Altos da Avenida Afonso Pena, na manhã deste domingo (25).

O evento reuniu atletas profissionais e amadores nos percursos de três quilômetros, cinco quilômetros e 15 quilômetros, em prol de estimular a doação de sangue e angariar fundos para o Hospital do Câncer Alfredo Abraão e para a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande).

O projeto Pernas Solidárias marcou presença na largada, e abriu a corrida com triciclos adaptados para o esporte, destinado para crianças e adultos com limitações físicas. Os triciclos foram empurrados por atletas voluntários, que se dispuseram a “emprestar” as pernas para tornar a corrida inclusiva.

Idealizador da corrida, Carlos Alberto Rezende relata que a ideia surgiu quando ele se tornou transplantado de medula óssea. A motivação dele é estimular a doação de sangue, e salvar vidas. “O que me marca nessa prova, é o tanto de amor que as pessoas têm para doar”. Durante final do evento, Rezende revelou que a corrida fara parte de um circuito e futuramente será realizada nas cidades de Três lagoas, Dourados e Corumbá.

Carlos sonha em expandir o projeto e levar a corrida para outras capitais brasileiras. (Foto: Paulo Francis)
Carlos sonha em expandir o projeto e levar a corrida para outras capitais brasileiras. (Foto: Paulo Francis)

O comerciante Levy Magalhães, 62 anos, participa de todas as corridas que acontece na Capital, e tem uma rotina diária de treino.“Fico no anseio pelo final de semana, porque todos tem competições, e a corrida é o que me deixa aliviado. Me dá disposição para seguir uma vida mais saudável”.

A  professora de boxe e profissional de atletismo, Leide Coelho, 55 anos, ficou em terceiro lugar na corrida dos 15 quilômetros e declarou que enxerga no esporte superação e luta, e que a cada corrida, aumenta sua vontade de competir. "É algo de superação própria correr e competir com meninas que são bem mais novas que eu".

A diarista Maria Aparecida Barbosa, 68 anos, pratica corrida há 30 anos, e declara que o esporte é fonte de motivação e superação. Orgulhosa, a atleta revela que todas as manhãs coloca a mochila nas costas e sai correndo da casa onde mora, no Bairro Pioneiros, até o serviço, no Bairro Cabreúva.

Essas corridas é o que me motiva a viver, porque minha vida depende disso. Sou conhecida como aroeira, uma árvore forte, porque a corrida me transformou em uma aroeira. Todo dia de manhã pego minha mochila e vou correndo para o serviço”, declara Maria Aparecida Barbosa.

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