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Capital

Criança desaparecida há quase 1 mês foi estuprada até a morte, diz polícia

Renata Volpe Haddad e Aline Santos | 22/07/2017 15:03
Delegado Paulo Sérgio Lauretto afirma que os dois suspeitos do crime já estão presos. (Foto: Aline Santos)
Delegado Paulo Sérgio Lauretto afirma que os dois suspeitos do crime já estão presos. (Foto: Aline Santos)

Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, foi estuprado até a morte, por um homem de 38 anos que não teve o nome divulgado. Depois de morto, o suspeito e o adolescente de 14 anos que participou do crime, jogaram o corpo no rio Anhanduí, em Campo Grande, segundo o delegado que investiga o caso, Paulo Sérgio Lauretto.

Segundo Lauretto, o menino morava no bairro Aero Rancho e passava boa parte do dia na rua, além de cuidar de carros. O adolescente suspeito narrou à polícia como o crime aconteceu. 

Na noite do dia 25 de junho, Kauan estava a três quilômetros de casa, no bairro Coophavilla cuidando de carros. O adolescente que era conhecido de Kauan, levou o menino até a casa do homem, no Coophavilla. Lá, o suspeito começou a estuprar o garoto, mas como Kauan se debatia, chorava bastante e gritava muito, o homem pediu para o adolescente segurar as mãos da criança enquanto ele tapava a boca do menino com a mão.

Minutos depois, Kauan parou de se debater e começou a sangrar pela boca. "Por volta de 1h do dia 26 de junho, o adolescente e o homem colocaram o corpo do menino em um saco preto e jogaram no rio Anhanduí", conta o delegado.

Os policiais chegaram até o homem depois das investigações apontarem de que o pedófilo dava dinheiro para o adolescente levar crianças para a casa dele e estuprá-las. Na residência, foram encontrados vários filmes pornográficos e dois filmes do próprio homem tendo relações sexuais. Há ainda a suspeita de que o homem de 38 anos tenha estuprado dois pré-adolescentes de 10 e 11 anos. 

Ainda segundo o delegado, há indícios que o adolescente que participou do crime já tinha sido abusado pelo homem. "No depoimento o adolescente disse que Kauan começou a sangrar pela boca. Na casa, a perícia encontrou sangue no colchão e no chão do quarto, confirmando a violência".

O Corpo de Bombeiros encontrou no rio Anhaduí, um pedaço de saco plástico preto, com fios de cabelo, mas só após exames que poderá ser confirmado se realmente os cabelos são do menino.

O homem está preso preventivamente por estupro de vulneráve e exploração sexual. Além de prisão em flagrante por armazenamento das imagens. Ele, que será encaminhado para a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furto), também vai responder por homicídio e ocultação de cadáver.

O adolescente responderá pelas infrações correspondentes aos crimes de homicídio e ocultação de cadáver e será levado para a UNEI (Unidade Educacional de Internação) Novo Caminho.

As buscas pelo corpo continuam no rio. Questionado sobre a profissão do homem, o delegado se recusou a dizer, porém afirmou que "todo pedófilo tem o perfil acima de qualquer suspeita". 

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