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Capital

Defensoria denuncia falta d'água e baratas perto da comida em Unei

Inspeção constatou série de irregularidades na unidade que abriga adolescentes infratores na Capital

Por Anahi Zurutuza | 18/11/2024 15:15
Adolescentes que cumprem medida socioeducativa na Unei Dom Bosco (Foto: Defensoria Pública/Divulgação)
Adolescentes que cumprem medida socioeducativa na Unei Dom Bosco (Foto: Defensoria Pública/Divulgação)

Adolescentes da Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco vivem em condições insalubres. A constatação é da Defensoria Pública, que denunciou a situação ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), pedindo providências à Covems (Coordenadoria das Varas de Execução de Medidas Socioeducativas).

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A Defensoria Pública denunciou as condições insalubres na Unei Dom Bosco, onde adolescentes infratores estão internados. Durante uma vistoria, foi constatada a falta frequente de água e luz, resultando em dificuldades para a higiene básica dos internos. Além disso, a alimentação é precária, com relatos de baratas no transporte das marmitas e armazenamento inadequado de sucos. A prática de revistas íntimas em mulheres que visitam os adolescentes também foi considerada constrangedora. A Defensoria pediu medidas urgentes ao Tribunal de Justiça para resolver esses problemas e investigar a insalubridade no local.

A unidade, onde ficam internados adolescentes infratores, foi vistoriada na semana passada e, segundo os defensores públicos Rodrigo Zoccal Rosa, titular da 5ª Defensoria Pública da Infância e Adolescência de Campo Grande, e Thaisa Raquel Medeiros Defante, coordenadora do Núcleo dos Direitos Humanos, falta água e luz com frequência no local.

Para Zoccal, a situação é insustentável, já que os internos ficam sem água potável e passam dias sem poder fazer a higiene básica, como tomar banho e escovar os dentes. “A unidade, que utiliza um poço para captação de água, é abastecida de forma emergencial por caminhão-pipa durante as interrupções, mas esse recurso é insuficiente para a demanda”, destacou o defensor, completando que o problema acontece independentemente das condições climáticas, afetando a unidade, se somados os dias, pelo menos a metade de cada mês.

Ainda conforme a equipe responsável pela vistoria, a falta de luz é outro problema constante e impede que os internos possam receber as “visitas” online.

De acordo com a coordenadora do Núcleo dos Direitos Humanos, a inspeção apontou também a precariedade na alimentação fornecida: baratas foram encontradas no veículo de transporte das marmitas.

“Durante a distribuição de sucos, foi observado que garrafas pet eram armazenadas próximas ao lixo, sem cuidados sanitários adequados”, exemplificou a Thaisa Raquel.

Para a defensora, “outro ponto de indignação” foi a constatação de que mulheres que visitam os internos precisam passar por revista íntima. “A prática causa constrangimento às mulheres que visitam adolescentes na Unei”.

No ofício encaminhado à desembargadora do TJMS, Elisabete Anache, da Coordenadoria das Varas de Execução de Medidas Socioeducativas, a Defensoria Pública pede medidas urgentes para regularizar o fornecimento de água e luz, revisar a tubulação antiga que compromete o abastecimento e investigar a situação de insalubridade no transporte de alimentos.

A reportagem fez contato com a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), responsável pela administração das Uneis, para saber se providências já estão sendo tomadas e aguarda retorno.

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