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Capital

Defesa de réus pela morte de Wesner diz que denúncia contraria depoimentos

Amanda Bogo | 19/07/2017 16:00
Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 30. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 30. (Foto: Reprodução/ Facebook)

A defesa de Thiago Giovani Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 31, acusados de introduzir uma mangueira de ar comprimido no ânus de Wesner Moreira da Silva, 17 anos, e que morreu em decorrência dos ferimentos da agressão em fevereiro deste ano, afirma que a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual por homicídio doloso contraria os depoimentos prestados pelos réus.

Em nota enviada à imprensa na tarde desta quarta-feira (19), os advogados Francisco Guedes Neto, Ricardo Trad Filho e Assaf Trad Neto afirmam que se opõem porque a denúncia está “divorciada do depoimento da vítima e da declaração da única testemunha ocular do caso”.

Os advogados continuam em nota pontuando que o resultado pericial “na ótica da defesa, é manifestamente contraditório, confuso, e dissociado da verdade. O laudo foi categórico em dizer que não havia nenhum ferimento na parte íntima da vítima – situação que colide frontalmente com a afirmativa imaginaria de que os réus teriam introduzido a mangueira no interior do corpo do menor”.

Ao decorrer do texto, ainda, os réus informaram que irão comparecer em todos os atos processuais solicitados sempre “com deferência e boa-fé processual”.

Denúncia - A denúncia feita pelo MPE por homicídio doloso contra Thiago e Willian foi aceita pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, na semana passada. 

Almeida acatou a argumentação da Promotoria, de que o crime foi cometido sem o consentimento da vítima. “Larrea e Sena aproveitaram-se do porte físico, seguraram Wesner pelos braços impedindo-o de fugir e depois ligaram o compressor de ar e introduziu a mangueira”, diz a denúncia.

Caso - Quem fez a denúncia contra a dupla foi o primo da vítima, de 28 anos, na sexta-feira (3), mesmo dia do crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.

Wesner teve hemorragia grave e uma parada cardiorespiratória na Santa Casa nesta terça-feira (14). Segundo a assessoria de imprensa do hospital, onde o adolescente de 17 anos estava internado há 11 dias, ele morreu às 13h35 desta terça-feira (14) depois que médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos.

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