Defesa tenta anular audiência dos acusados da morte de delegado
Advogado de defesa do guarda municipal José Moreira Freires, 40 anos, acusado de executar o delegado Paulo Magalhães, no dia 25 de junho, em Campo Grande, Renê Siufi tenta anular a audiência marcada para às 8h de amanhã (12), na 2° vara do Fórum de Campo Grande.
“Foram solicitados documentos sem o conhecimento da defesa, algo que estamos repugnando. Enquanto isso, também aguardamos o julgamento do pedido de Habeas Corpus do meu cliente, no Tribunal de Justiça”, afirma o advogado.
Já por parte da acusação, o promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri, ressalta que o Ministério Público já se manifestou contra o pedido de nulidade da audiência.
“Acho um absurdo a possibilidade dessa audiência não acontecer. Os documentos foram todos solicitados e juntados na fase de inquérito policial, já que se referem a escutas telefônicas. Isso é algo comum na maioria dos processos”, diz ao Campo Grande News o promotor.
Apoio - Há duas semanas, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluizio Pereira dos Santos, acatou pedido do MPE (Ministério Público Estadual) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) vai reforçar a investigação do assassinato. O crime pode ter ligação com o jogo do bicho.
A instituição reforça a linha de investigação que resultou na prisão de dois suspeitos, o guarda municipal e o segurança Antônio Benites Cristaldo, 37. Um terceiro suspeito foi assassinado com requintes de crueldade e teve as mãos e pés amputados.
Outra suspeita - Além da execução do delegado, eles ainda são suspeitos de matar o 3° suspeito do crime, Rafael Leonardo dos Santos, 29 anos. Este último, conforme a Polícia seria um crime considerado “queima de arquivo”.
Crime – A vítima foi atingida por uma pistola de 9 milímetros, de uso restrito do Exército. Ele estava na frente da escola da filha, na rua Alagoas, bairro Jardim dos Estados, quando foi alvejada.