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Capital

Delegado pedirá reconstituição da morte de major por tenente-coronel

Polícia tem até o dia 13 de agosto para encerrar inquérito; mais testemunhas serão ouvidas

Anahi Zurutuza e Guilherme Henri | 26/07/2016 15:21
Tiros disparados na casa do casal de PMs mobilizou várias equipes da corporação e dos bombeiros (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Tiros disparados na casa do casal de PMs mobilizou várias equipes da corporação e dos bombeiros (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

O delegado Claudio Zotto, da 7ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, vai pedir que seja feita a reconstituição da morte do major Valdeni Lopes Nogueira, 47 anos, baleado pela esposa, a tenente-coronel da PM (Polícia Militar) Itamara Romeiro Nogueira, 40, no dia 12 de julho. Além disso, para concluir o inquérito, Zotto ainda quer ouvir mais familiares da vítima.

Ainda não há data para a reconstituição acontecer. O delegado ainda precisa convocar a perícia refazer os últimos atos de Itamara e Valdeni na tarde do dia 12 de julho, quando ela atirou no tórax do marido. “Não consegui ir ainda porque as delegacias estão passando pela correição [fiscalização feitas pela Delegacia-Geral]”, justifica Zotto.

A Polícia Civil tem até o dia 13 de agosto para encaminhar o inquérito à Justiça, se não for necessária prorrogação por mais 30 dias.

Casal teria casamento de fachada para ganhar promoções na PM, segundo irmão da vítima (Foto: Reprodução/Facebook)
Casal teria casamento de fachada para ganhar promoções na PM, segundo irmão da vítima (Foto: Reprodução/Facebook)

Caso – O casal estava discutindo, quando por volta das 16h30 do dia 12 de julho, a mulher teria efetuado ao menos dois disparos contra o marido. Com a chegada da PM, Itamara teria se trancado na residência e se negado a entregar a arma, mas confessou o crime.

O advogado da tenente-coronel, José Roberto da Rosa, vem afirmando que Itamara foi vítima de violência doméstica, que já ocorria há tempos. Naquela tarde, agredida com socos e tapas, ela teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa.

Mas, familiares da vítima contestam. Valdeci Alves Nogueira, 49, o irmão de Valdeci, afirma que por ser profissional da área de segurança, Itamara conhecia a arma e a munição que utilizou para matar o marido. “Ela sabia que não precisava de muitos tiros e que com um tiro naquela região do corpo ele iria morrer”, acredita.

A hipótese de que o crime teria sido premeditado também foi levantada pelo MPE (Ministério Público Estadual).

Depois de ganhar a liberdade no dia 19 de julho, a oficial não voltou ainda ao trabalho porque está de férias.

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