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Capital

Dengue hemorrágica mata mulher de 67 anos no Bairro Monte Castelo

Michel Faustino | 07/05/2015 17:52
Ações de combate ao mosquito da dengue serão intensificadas na região. (Foto: Cléber Gellio/Arquivo)
Ações de combate ao mosquito da dengue serão intensificadas na região. (Foto: Cléber Gellio/Arquivo)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) confirmou a primeira morte por dengue em Campo Grande.  Amelia Guenka Silva, 67 anos, moradora do bairro Monte Castelo, morreu na segunda-feira (4),  poucas horas depois de dar entrada no Hospital Universitário. O exame apontou que a provável causa da morte foi por Febre Hemorrágica da Dengue (FHD).

Segundo informações de familiares, a mulher chegou a ser levada para Unidade de Saúde do bairro Coronel Antonino onde recebeu o atendimento primário e foi liberada. Pouco tempo depois ela voltou a sentir fortes dores e foi encaminhada para o Hospital Universitário, onde faleceu por volta das 18h30.

De acordo com o médico infectologista Rivaldo Venâncio, a dengue hemorrágica pode causar insuficiência renal e cerca de 2% e 5% dos casos, este tipo de dengue pode evoluir para a insuficiência renal aguda.

Outras complicações da doença também são miocardite, hepatite, insuficiência hepática, quadros neurológicos, hemorragias graves e choque. Segundo Venâncio, em alguns casos pode ser necessária a diálise.

“É importante ficar atento aos primeiros sintomas da dengue, que são febre alta (39° a 40°) de uma hora para outra com duração de até 48 horas, dores de cabeça, musculares, na barriga, presença de manchas vermelhas no corpo, náusea, desmaio e dificuldade na ingerir líquidos”, disse.

Conforme a Sesau, em virtude do ocorrido, as ações de combate ao mosquito causador da doença foram intensificadas na região do bairro Monte Castelo, onde a mulher residia. A Secretaria reforça ainda que é preciso que a população faça a sua parte e evite deixar recipientes que acumulem água, bem como mantenham calhas, caixas-d'água e terrenos limpos.

Outras quatro mortes estão sob investigação e quatro já foram confirmadas no Estado, segundo boletim epidemiológico divulgado na quarta-feira (06) pela SES (Secretaria de Estado e Saúde).

Números - Em 2013, quando o município enfrentou epidemia de dengue, foram 44.657 casos notificados e 12 óbitos. Já em 2014, Campo Grande ficou fora do risco de epidemia, com 4.031 casos notificados e nenhum óbito.

De janeiro até ontem, 19.187 casos foram registrado no Estado, o terceiro maior em cinco anos, só atrás de 2013 (102 mil casos) e 2010 (82,5 mil). Em relação boletim anterior, quando eram 17,4 mil casos, houve aumento de 9,8%. Na última semana foram 2.960 novos casos, quase três vezes o número registrado na mesma semana de 2013, quando o Estado teve a maior epidemia da história.

A doença ganhou força no outono e a situação de epidemia, quando a incidência supera 300 casos para cada grupo de 100 mil, já atinge 49 dos 79 municípios sul-mato-grossenses.

Conforme a SES, a maior incidência foi registrada em Iguatemi, com 1.271 casos, seguido por Sonora (867), Selvíria (332), Itaquiraí (869) e Japorã (249). Campo Grande teve 3.955 pessoas com os sintomas da dengue, como febre, dores de cabeça e nas juntas.

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