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Capital

Dengue lota, além de postos de saúde, laboratório do município

Aline dos Santos e Mariana Lopes | 21/01/2013 13:09
João Bosco mostra exames. Foram seis hemogramas desde quinta-feira. (Foto: Rodrigo Pazinato)
João Bosco mostra exames. Foram seis hemogramas desde quinta-feira. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Os mais de 9 mil casos notificados de dengue lotam, além dos postos de saúde, o Labcen (Laboratório Central de Campo Grande). O laboratório faz de 1.900 a 2.200 exames diariamente, de segunda a sexta-feira. No fim de semana, o número de exames vai de 900 a 1.600 por dia.

O avanço da epidemia retarda o resultado de outros exames. O resultado do teste de HIV normalmente demora dois dias, com a maior demanda, o prazo agora é de até cinco dias. Conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura, no caso de suspeita de infecção, como os de urina, o atendimento é imediato.

Desde a última quinta-feira, o acadêmico João Bosco Vilela Campos, de 28 anos, já fez seis hemogramas, que mostraram queda brusca de plaquetas (componente que participa do processo de coagulação sanguínea). “Conversei bastante com o médico. Ele explicou que trabalham com os sintomas”, afirma. João Bosco, que hoje retornou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, foi medicado com paracetamol e soro.

Em caso de suspeita de dengue, há restrições para uso de medicamentos, que podem agravar o quadro da doença. O soro é utilizado para a hidratação. O resultado do exame de sorologia demora, em média, dez dias.

Também na UPA, Ilda Maria de Carvalho, de 67 anos, buscou atendimento devido aos sintomas de diarreia, vômito, mal-estar e inchaço nas articulações. Foi coletado sangue e a paciente ficou em observação. “O médico disse que qualquer alteração, a gente volte imediatamente ao posto. Quando minha filha teve dengue, os sintomas eram bem parecidos”, afirma a cabeleireira, Dalva Lopes, filha de Ilda.

Gisele dos Santos foi buscar hoje o resultado do exame de sangue. Ela procurou a UPA pela primeira vez no sábado. A jovem tinha dor de cabeça e no abdômen. Antes do resultado, foi medicada com paracetamol e soro.

No posto do bairro Tiradentes, a estudante Ariane Félix, de 17 anos, também aguardava para hoje o resultado de hemograma. Ela recebeu medicação para dor de garganta. Mas, por precaução, foi orientada a ficar alerta para possibilidade de dengue.

Conforme a Prefeitura, dentro de alguns dias dias os médicos dos centros regionais 24h terão acesso mais rápido aos resultado, por meio da internet.

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