Desocupado, antigo prédio de supermercado é tomado por pichações
Para evitar que o local fosse deteriorado, o proprietário da construção instalou algumas placas de metal
Desocupado desde novembro de 2022, antigo prédio onde funcionava um dos supermercados da rede Comper é motivo de preocupação. O local era alugado pela rede que pertence ao grupo Pereira, mas desde a inauguração de uma nova unidade no Itanhangá, o prédio foi devolvido ao proprietário. Ao longo dos últimos dias, segundo quem mora e trabalha na região, as paredes do local foram tomadas por pichações.
O Campo Grande News foi até o local e verificou que a parede voltada para a Rua Franklin Roosevelt foi quase que totalmente tomada pelos sinais de vandalismo. Já a lateral da Rua Joaquim Murtinho foi preenchida até a metade. Enquanto a última parede, virada para a Rua Castro Alves, tem até o momento uma única pichação.
Uma leitora, de 36 anos, que mora na região há mais de 15 anos, relata que a vizinhança fica insegura. “Os proprietários [do prédio] botaram tampões nas portas e só ficou espaço nos estacionamentos. Há uma semana começaram a pichar. O prédio está abandonado desde que inauguraram o Comper Itanhangá. Acredito que os donos estão tomando conta por conta dos tapumes lá”, disse.
Para evitar que o local fosse deteriorado, o proprietário da construção instalou algumas placas de metal nas entradas do prédio.
“Percebemos que eles [moradores de rua] auxiliavam clientes e passavam o dia todo ali. Depois, com o fechamento do prédio, eles continuaram por ali, até um tempo atrás eles mantinham colchões porque passavam a noite ali, chegaram a fazer uma espécie de fogueira ali nas propriedades”, lembrou a moradora.
Um funcionário de uma empresa de vendas de carros perto do prédio pediu para não ser identificado, mas relata que já estão acostumados com a presença dos moradores de rua e que não sentem insegurança em relação a eles. Ainda é relatado pelo vendedor que as placas de metais foram instaladas há quatro dias e no dia seguinte, na quinta-feira (7), começaram a surgir as primeiras pichações.
“Ontem à tarde, eu fui embora era 17h30 da tarde com uma menina ali de tardezinha contornando. Quase fui lá perguntar: ‘moça, o que está escrito aí? O que significa isso?’. Não fui para não caçar confusão para a minha vida”, disse.
Para o vendedor Thiago Guimarães, de 25 anos, o que gera mais insegurança são os pontos de ônibus que ficam ao lado do prédio. Dentre os problemas descritos pelo jovem está a presença dos moradores de rua e a falta de iluminação do local.
“Agora, não está mais porque fecharam [as portas], mas antigamente esse pessoal [os moradores de rua] causava bastante insegurança para as pessoas que ficavam no ponto de ônibus, né?”, relatou.
Mesmo não morando próximo à região, Dirceu Farias, de 39 anos, diz que passa com certa frequência pelo prédio. A falta de iluminação onde ficam os pontos de ônibus foi justificada por ele, pela grande quantidade de árvores que há no local.
“Começou quando mudou daqui e essa área aqui é bem escura também, não é iluminada tão bem. Aquela parte onde era o estacionamento também ficou bem escura, aquela parte era bem iluminada e ficou bem perigoso também. É perigoso aqui, não pode marcar bobeira”, contou.
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