Despedida de vítima de feminicídio é marcada pelo silêncio
Joelma da Silva André foi morta a facadas pelo companheiro, no Indubrasil
Familiares e amigos de Joelma da Silva André, de 33 anos, vítima de feminicídio, se reuniram na manhã desta quarta-feira (22), para dar um último adeus. O velório foi marcado pelo silêncio, principalmente das mulheres, que lamentam a perda precoce da vítima.
Estiveram presentes no velório a mãe, os cinco filhos e o neto de Joelma. O tio da vítima falou brevemente com a reportagem, e informou que a família está muito abalada no momento e sem condições de falar. Ao lado dele, estava a filha mais velha da vítima, com o filho de um ano no colo, que também não quis conversar.
Na capela do Cemitério Parque de Campo Grande, onde está sendo realizado o velório, o silêncio prevalecia, enquanto aos poucos mais pessoas chegavam para se despedir.
Joelma foi morta a golpes de faca pelo marido, na manhã desta quarta-feira (21), no Núcleo Industrial do Indubrasil, em Campo Grande. O relacionamento entre ela e o assassino, Leonardo da Silva Lima, de 37 anos, foi marcado por idas e vindas, violência, coação e chantagens.
A união durou aproximadamente quatro anos, até culminar na tragédia que tirou a vida de Joelma. O crime aconteceu na presença de todos os filhos da vítima, que têm entre 16 e um ano de idade.
Crime - A morte da diarista Joelma da Silva André foi classificada como um crime de ódio pela delegada Analu Ferraz, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). A vítima foi atingida por nove facadas, sendo três no rosto, cinco nas costas e uma no tórax onde a faca ficou cravada após o assassinato.
Leonardo foi preso em uma casa na Rua 70 no Bairro Nova Campo Grande. Na ocasião, ele havia acabado de pular um muro para trocar de roupa. Em depoimento, ele confessou o crime e disse não estar arrependido, de acordo com a delegada.
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