Deusa indígena é escolhida como monumento do Fórum da Capital
Parajás custará até R$ 300 mil e pesa 288 quilos; veja mais detalhes
TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) anunciou, nesta quarta-feira (22), os vencedores do concurso cultural que seleciona o novo monumento artístico para o Fórum de Campo Grande. A grande campeã foi a deusa indígena Parajás, obra de arte feita com aço e que pesará 288 quilos. A escultura, concebida pelo artista Victor Harabura de Freitas, simboliza a Justiça e o Direito, incorporando elementos da cultura Tupi-Guarani.
De acordo com o comunicado enviado à imprensa, a obra será instalada na entrada dos plenários do Tribunal do Júri, e destaca-se pela fusão de simbolismo indígena com traços contemporâneos. A escultura terá 1,90 m de altura e 4,50 m de largura. O artista receberá um prêmio de R$ 50 mil e a oportunidade de executar a obra, com valor estimado de R$ 300 mil.
Em segundo lugar, ficou Marcos Roberto Ferreira de Rezende, com a obra "Justiça flui como as Águas", que conecta os conceitos de Justiça e natureza, construída em aço inox. O autor receberá R$ 30 mil. O terceiro lugar foi para Danilo Andrade Freitas, com uma obra em latão que representa os municípios do estado, premiado com R$ 15 mil.
A execução da obra será iniciada após a assinatura do contrato com o vencedor, prevista para ocorrer em até 12 meses, conforme as condições do edital do concurso.
A nova estátua será instalada no cruzamento da Rua da Paz com a 25 de Dezembro. O Judiciário não informou o que fará com a escultura que hoje está no local, mas o plano é removê-la para outro prédio do Judiciário, apurou a reportagem.
Polêmica desde a instalação, em 2002, a deusa atual, de autoria do artista plástico sul-mato-grossense Cleir, primeiro gerou comentários pela exuberância e as formas voluptuosas usadas na releitura feita pelo escultor. Depois, em 2011, quando ganhou recauchutagem de R$ 15,8 mil, a estátua de 4 metros de altura ficou mais “bronzeada”, fazendo jus aos nove anos sob o sol de Campo Grande.
Mais tarde, em 2020, ela perdeu a venda, revelando olhos verdes, mas voltou a ser “cega”, numa referência à neutralidade da Justiça, em abril do ano passado.
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