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Capital

Diretor do Consórcio defende manutenção de isenção de ISS para o transporte

João Rezende ainda faz mistério sobre reajuste na passagem de ônibus

Renata Volpe e Mayara Bueno | 10/10/2017 11:56
Presidente do consórcio Guaicurus, João Resende,
usou a tribuna para defender manutenção da isenção do ISS. (Foto: Mayara Bueno)
Presidente do consórcio Guaicurus, João Resende, usou a tribuna para defender manutenção da isenção do ISS. (Foto: Mayara Bueno)

Presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende esteve na Câmara de Vereadores nesta terça-feira (10), para defender a manutenção da isenção do ISS (Imposto sobre Serviço), concedida pela prefeitura em março deste ano. Ele ainda faz mistério sobre a porcentagem do reajuste anual no valor da passagem de ônibus, em Campo Grande, prevista para ser alterada em novembro deste ano.

Rezende afirmou que o consórcio analisa uma porcentagem, só não quis dizer de quanto. "A Agereg é quem estuda esse reajuste, a gente também analisa, mas não cabe a nós definir o aumento", alega.

Os vereadores questionam a reforma nos terminais em troca da isenção, depois do anúncio do reajuste da passagem de ônibus. 

Segundo o vereador André Salineiro (PSDB), a equipe dele visitou os noves terminais da cidade, depois de receber denúncias de usuários. "Constatamos que os terminais não tinham bebedouros e os banheiros em geral não tinham manutenção. Em alguns terminais, os banheiros estavam sem fechadura nas portas e não tinham pias", afirmou, concluindo que encontrou funcionários da limpeza de bermuda e chinelo.

Rezende afirmou que um dos principais problemas enfrentados pelo consórcio é a depredação dos próprios usuários. "Nós reformamos os terminais, trocamos toda a iluminação, substituindo as lâmpadas comuns pelas de LED, estabelecemos uma condição minimamente favorável as pessoas. Mas logo em seguida da reforma, os usuários picharam e depredaram", alega.

Com a isenção, o consórcio, conforme o presidente, economiza R$ 700 mil. "Esse imposto não deve ser taxado pelo município porque é um serviço operado pela prefeitura, é algo essencial e se voltar a ser cobrado, o consumidor vai pagar mais caro", defende.

O vereador Delegado Wellington (PSDB), afirmou que o movimento nos terminais caiu 18%. "Essa é uma afirmação do presidente do consórcio. Isso acontece porque Campo Grande tem poucas linhas e o transporte demora. Precisa ter mais ônibus circulando pela cidade".

Sobre isso, Rezende defendeu que não tem como colocar mais ônibus, se não tem corredor. "Com os corredores facilitaria o tráfego e o gasto é baixo para a instalação. Não tem como colocar mais ônibus em um trânsito como o nosso. Sobre a demora, os ônibus trafegam em 15 km/h, dificultando a agilidade".

Outro vereador que questionou o presidente, foi Lívio Viana (PSDB). "Em julho visitei os terminais Bandeirantes, Aero Racho e Moreninhas, e encontrei vários banheiros em reforma e bastante pichação".

Por fim, o presidente voltou a dizer que o reajuste é necessário. "Precisamos manter um serviço de qualidade. O tema reajuste é desgastante, mas necessário", concluiu.

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