Dono de empresa que cuidou de quarentena é barrado em visita aos galpões
O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) vetou a entrada do dono da Anambi, Geraldo Augusto da Silva, aos galpões onde estão sendo armazenados os peixes do Aquário do Pantanal. Isso porque a empresa dele, a partir desta terça-feira (30), não é mais a responsável pelo projeto, que passou para o estado.
Silva foi até o local acompanhar os deputados estaduais Lídio Lopes (PEN), Amarildo Cruz (PT), Renato Câmara (PMDB) e Márcio Fernandes (PtdoB) durante visita aos tanques onde estão os espécimes.
Bastante irritado com a situação, tentou argumentar com os servidores do Instituto dizendo que era o único a ter algumas informações sobre os trabalhos executados no local.
A decisão em desvincular a Anambi partiu do governo com anuência do empresário, que afirma estar há três meses bancando, do próprio bolso, os especialistas responsáveis pelos estudos, além da comida dos animais.
Quantidade – Morte de exemplares que seriam destinados ao Aquário gera polêmica. Relatório assinado pelos especialistas contratados pela Anambi, e enviado ao governo, aponta que 83% não resistiram ao frio, tiveram problemas de adaptação ou sofreram com parasitas. Segundo o estudo, 10.160 peixes morreram.
No entanto, Silva, garante que esses números estão errados. A contagem foi baseada em métodos estatísticos que foram revisados recentemente, mostrando que, na verdade, a quantia de exemplares mortos varia entre 6,5 mil a 7 mil, ou seja, cerca de 13 mil espécimes ainda vivem nos tanques da quarentena.
Segundo a Fundect, no relatório a quantidade de peixes mortos está confusa, já que em algumas partes o texto dá a entender que foram contabilizados os peixes usados para a alimentação de alguns espécimes, que na verdade não entram na conta dos que serão destinados ao Aquário.
O Imasul está fazendo uma nova contagem dos peixes. “Precisamos levantar o que morreu de fato. Depois buscar as causas. Se houve negligência ou dolo, o Governo do Estado tomara as providências”, explica Ricardo Éboli, diretor do órgão.